Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Dilma sofre pressão por volta da CPMF, mas terá que negociar reforma tributária



Emenda 29, que destina verbas para a saúde, está há dez anos aguardando votação

Antes mesmo de sentar na cadeira de presidente, Dilma Rousseff abriu uma ferida cicatrizada há pouco tempo pelos brasileiros: a CPMF (Contribuição Provisória para Movimentação Financeira). A cobrança do chamado “imposto do cheque” tem sido tratada pela presidente eleita, que não descarta a volta do tributo e alega ser esta uma reivindicação dos governadores para financiar a saúde.

A discussão sobre a volta da CPMF, no entanto, passa por uma ampla reforma tributária no país e pela aprovação de uma emenda constitucional que tramita no Congresso há dez anos: a Emenda 29.

A proposta, que está em discussão na Câmara, altera a Constituição obrigando a aplicação de 10% dos impostos federais, 12% dos estaduais e 15% dos municipais em saúde. Ao texto original do projeto – de autoria do senador Tião Viana (PT-AC) – a Câmara acrescentou, em 2008, a criação de um tributo que substituiria a CPMF: a CSS (Contribuição Social para a Saúde).

A exemplo da CPMF, derrubada no Senado em 2007, o novo imposto incidiria sobre as movimentações financeiras dos brasileiros e a arrecadação só poderia ser usada na saúde. A alíquota, de 0,10%, é inferior à da CPMF, que era de 0,38%.

Autor do substitutivo que acrescentou a criação da CSS ao projeto original da Emenda 29, o deputado Pepe Vargas (PT-RS) diz que o problema da saúde no Brasil “não é apenas de gestão, mas também de falta de financiamento”. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, outro defensor da contribuição, declarou que é necessário entre R$ 50 e 60 bilhões “para resolver o problema da Saúde”.

Já os deputados da oposição, apesar de apoiarem a Emenda 29, dizem que é o governo quem deve administrar melhor seus gastos. É o caso de Germano Bonow (DEM-RS).

- A CSS geraria em torno de R$ 11 bilhões. Se o ministro Temporão fala em R$ 60 bi, R$ 11 bi é muito pouco. Além disso, que garantia nós temos de que o governo vai usar esses recursos na saúde, se até agora não honrou estes compromissos?

João Eloi, presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário) explica que a Constituição brasileira prevê que a saúde – assim como previdência e assistência social - seja financiada pelos recursos do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), da Confins e de valores que a Caixa Econômica Federal recebe por meio da loteria.

- Só porque o governo gera mal esses recursos o povo é obrigado a pagar mais uma contribuição? Esses recursos já estão lá destinados à saúde. Não há como o governo querer criar uma nova contribuição para a saúde se já existem na Constituição as contribuições que devem ir para essa área.

Segundo Eloi, caso fosse criado um novo imposto com o mesmo percentual da extinta CPMF - 0,38% sobre o valor movimentado - cada cidadão passaria a pagar 5% de tributos a mais. Atualmente, o brasileiro desembolsa, por ano, a média de R$ 6.700 em impostos, valor que saltaria para R$ 7.035 com a volta da contribuição.

- O problema maior não é a criação [do novo imposto]. O dinheiro há. O problema é destinar efetivamente esses recursos para a saúde.

Fonte: Priscilla Mendes, do R7

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (12), audiência pública para debater o Projeto de Lei 165/2022, que prop

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Nesta quinta-feira, (07/09) o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia  - (SINSEMPRO) realizou Eleições  para a escolha da nova d

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

O presidente da Fecomércio-RO e Vice-Presidente da CNC, Raniery Araujo Coelho, se manifestou nesta quarta-feira 16.07 sobre a retomada das discussõe

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

O Governo Federal instituiu nesta terça-feira, 8 de abril, a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre

Gente de Opinião Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)