Segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011 - 07h44
Renan Ramalho, do R7, em Brasília
Em sua segunda viagem oficial de trabalho no Brasil, a presidente Dilma Rousseff dará atenção à região onde nasceu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e que deu a ela a maior porcentagem de votos na eleição do ano passado.
Nesta segunda-feira (21), ao desembarcar em Aracaju (SE) para o 12º Fórum de Governadores do Nordeste, Dilma receberá de dez governantes locais um pedido para que a União continue a investir na região, a que mais cresceu na era Lula.
O maior temor é o corte de R$ 50 bilhões nas despesas previstas no Orçamento deste ano. Será este o foco central da primeira reunião, hoje à tarde, quando os governadores esperam receber garantias de que a presidente irá proteger o Nordeste da tesourada, com atenção especial para a área de infraestrutura.
Entre as obras prioritárias já em andamento estão a duplicação da BR 101, que liga o Rio Grande do Norte à Bahia, as ferrovias Transnordestina e Leste-Oeste, que cruzam e ligam a região ao resto do país para transporte de cargas, a transposição do rio São Francisco, além de apoio para a atração de investimentos privados.
O anfitrião do evento, o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), manifesta o temor com os cortes e diz que a expectativa é por uma “atitude estratégica” da presidente Dilma com respeito à região.
- O detalhamento desse corte é que vai nos revelar até que ponto a região e seus projetos estratégicos vão ser atingidos. Os investimentos que estão em andamento, sejam do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) ou não, devem ser preservados. O preço do reajuste não pode ser a repressão ou a frustração da economia do Nordeste. Agora que nós começamos a crescer, ninguém nos chame para parar.
Área social
Outro foco de atenção é a continuidade e reforço dos programas sociais. A própria presidente vem destacando em pronunciamentos o compromisso de erradicar a miséria em seu mandato. Déda chama a atenção para o fato de a região ainda ser a que mais concentra população pobre do país, mas rechaça a ideia de que o Nordeste represente um problema.
- Não queremos privilégios, mas que as nossas diferenças sejam levadas em conta. Ter as condições de mostrar que nós somos parte da solução, não um problema isolado. Talvez aqui o problema da miséria tenha um peso maior que em outras regiões, então que a solução tenha um peso maior.
Outros temas que podem entrar em discussão é a necessidade de mais recursos para a saúde e a redistribuição dos royalties do pré-sal, impostos pagos pelas empresas que exploram petróleo na costa brasileira.
Na saúde, alguns governadores, desde a eleição do ano passado, já defendem uma nova fonte de recursos para bancar custeio e investimentos. Uma das ideias, defendidas principalmente por governadores do PSB, como Cid Gomes (Ceará) e Eduardo Campos (Pernambuco), é a recriação da CPMF, tributo derrubado em 2007 que recolhia parte de todas as transações financeiras.
Já a discussão sobre royalties foi adiada pelo governo passado por causa da eleição. O tema desperta enfrentamento entre Estados, já que atualmente apenas os produtores recebem o dinheiro, deixando os demais à míngua.
O evento terá duração de quatro dias e Dilma só participa da abertura, hoje. Por causa do tempo reduzido, é possível que saúde e pré-sal fiquem fora dos pedidos.
Participarão os nove governadores do Nordeste: além de Marcelo Déda (Sergipe), estarão Rosalba Ciarlini (Rio Grande do Norte), Teotônio Vilela (Alagoas), Jaques Wagner (Bahia), Cid Gomes (Ceará), Roseana Sarney (Maranhão), Ricardo Coutinho (Paraíba), Eduardo Campos (Pernambuco), e Wilson Martins (Piauí).
O governador Antônio Anastasia (Minas Gerais), foi convidado especialmente, já que a parte norte do Estado tem características similares às do Nordeste.
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