Denunciado pela PGR, Aloysio não será candidato em 2018

Tiago de Vasconcelos / Diário do Poder

Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) está descartado como candidato a vice-presidente na chapa tucana que se prepara para disputar as eleições de 2018. O senador paulista, derrotado por Dilma na chapa encabeçada por Aécio Neves (PSDB-MG), em 2014, foi denunciado ao Supremo Tribunal Federal. A suspeita é de que ele foi beneficiado pelo esquema de corrupção que roubou bilhões da Petrobras. Independentemente de quem seja o candidato do PSDB à presidência, as chances de Aloysio reocupar a posição de vice na chapa de oposição foram reduzidas a zero.

É que cúpula tucana não tem garantias de que o senador Aloysio terá condições políticas e legais de disputar as eleições. Não se sabe se ele estará preso pela participação no esquema que afanou bilhões da Petrobras, alvo de investigação do Ministério Público Federal. Fontes ligadas ao comando do partido garantem: Aloysio "está queimado" e sua candidatura, inviabilizada.

A investigação do MPF é feita com base nas declarações do empresário Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC, em acordo de delação premiada. Pessoa é apontado como o "chefe do cartel" de empreiteiras investigadas no maior esquema de corrupção da história brasileira. Pessoa apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) que Aloysio teria recebido R$ 300 mil "de forma oficial" e R$ 200 mil em dinheiro de caixa dois para sua campanha ao Senado, em 2010.

À época da denúncia, o senador negou qualquer tipo de corrupção, e classifica as denúncias como “desvio do foco” da operação Lava Jato. Apesar disso, as ações no Supremo continuam em andamento de forma “oculta”, sob sigilo. O teor das denúncias contra Aloysio só se tornará público após o final das investigações.