Quarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

Cunha critica, mas líder do PT diz que medidas do governo reequilibram economia



Iolando Lourenço e Luciano Nascimento - Repórteres da Agência Brasil

As medidas econômicas anunciadas pelo governo, para reequilibrar o Orçamento e as contas públicas, foram criticadas pelo presidente  da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para quem o ajuste será para os outros pagarem. 

Já o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), elogiou as medidas e disse que elas reequilibram a economia e apontam para a retomada da credibilidade do governo. “Elas reequilibram, sem tirar nenhum direito, e apontam para a retomada da credibilidade do governo perante o país e os investidores internacionais. O governo cortou na sua própria carne, ao reduzir despesas discricionárias”, disse Guimarães.

Segundo o líder petista, o governo já tinha feito corte na proposta orçamentária encaminhada ao Congresso, de R$ 134 bilhões. “Medidas anteriores já haviam sido tomadas e agora estamos equilibrando a despesa com a receita para atingir dois objetivos centrais: a questão do orçamento e sinalizar o superávit de 0,7. Isso é para quem tem responsabilidade fiscal com o país”.

Ao contrário de Guimarães, Eduardo Cunha, que desde o mês de julho se declarou oposição ao governo,  disse que a maior parte dos cortes anunciados pelo governo depende “dos outros”. “75% dos cortes anunciados são dependentes de terceiros. Quando o governo anuncia 26 bilhões de cortes ele está colocando R$ 7 bilhões no adiamento do reajuste do funcionalismo; R$, 7,6 bilhões redirecionando as emendas parlamentares nos programas dele [governo]; e R$ 4,8 bilhões passando a despesa do Minha Casa, Minha Vida para a conta dos trabalhadores no FGTS”, disse Cunha.

De acordo com o presidente da Câmara, 75% dos cortes constantes das medidas “não são despesas que o governo cortou. O governo está fazendo um ajuste na conta dos outros. Então é um pseudo corte de despesa”, criticou.  Cunha disse também que acha pouco provável a aprovação de medida reeditando a CPMF.
Segundo Eduardo Cunha, o governo está com uma base “muito frágil e o tema por si só já é polêmico”, além de não ser compartilhado com os estados e municípios. Cunha também disse que a tramitação de uma matéria como essa demanda tempo. Ele disse, ainda, que considera temeroso “condicionar o sucesso de um ajuste fiscal a uma receita que sabemos ser de difícil equacionamento”.

O deputado Eduardo Cunha disse que tem coisas que vão depender do Congresso e que o Congresso deverá ajudar.  “Tem muita discussão pela frente. Eu diria que uma parte deve ser apreciada e aprovada pelo congresso, não vejo muita dificuldade, com discussão, luta política, guerra política, mas a CPMF eu não vejo muita possibilidade”. Ele informou que mesmo sendo contra a CPMF não irá dificultar a votação.  “Não vou obstruir por ser contra. Se estiver pronta para votar, se votará”.

O líder do governo defendeu a aprovação do imposto. Segundo Guimarães, o governo propôs uma alíquota pequena, metade de quando o imposto foi criado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que era de 0,38%. “É muito pouco o que estamos pedindo: 0,20%”. Guimarães disse ainda que as medidas são necessárias para o país sair da crise e retomar o crescimento.

“Queremos dialogar com o país, retomar a agenda, o Orçamento está equilibrado”,  pontuou o líder para quem, mesmo com as medidas, os programas do governo estão mantidos, sendo apenas reavaliados. “Isso é para quem tem responsabilidade fiscal com o país. Não são medidas amargas, são medidas razoáveis, consistentes e que precisam passar pelo profundo dialogo com o Congresso, com a sociedade brasileira e com os nossos investidores” disse. “A presidenta não está cortando nenhum programa. Tudo [que consta] dos programas que estão sendo executados estão sendo mantidos. Não está se retirando nenhum direito”, acrescentou.

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Nesta quinta-feira, (07/09) o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia  - (SINSEMPRO) realizou Eleições  para a escolha da nova d

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

O presidente da Fecomércio-RO e Vice-Presidente da CNC, Raniery Araujo Coelho, se manifestou nesta quarta-feira 16.07 sobre a retomada das discussõe

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

O Governo Federal instituiu nesta terça-feira, 8 de abril, a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

STF tem maioria para determinar recálculo de cadeiras na Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou nesta sexta-feira (25) maioria de votos para determinar que a Câmara dos Deputados faça a redistribuição do

Gente de Opinião Quarta-feira, 10 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)