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Política - Nacional

Cultura do consumo leva meninas a serem prostituídas



Especialistas avaliam que nem a sociedade nem as próprias meninas notam que ocupam o papel de vítimas da exploração sexual


Pesquisa pioneira no país sobre o perfil de crianças e adolescentes vítimas de exploração sexual mostra que uma das principais motivações que levam meninos e meninas a serem prostituídos é o consumo. Um total de 65% deles usam o dinheiro obtido para comprar bens como tênis, celular, etc. Essa situação foi encontrada nos oito estados pesquisados (Pará, Sergipe, Rio Grande do Norte, Piauí, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e Rio Grande do Sul). 

A pesquisa mostrou que as adolescentes que passam por essa situação não estão em miséria absoluta. “Vivemos hoje uma situação de marketing infantil violento”, avalia a coordenadora da Associação Nacional dos Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, Fernanda Lavarello. Segundo ela, de um modo geral, todos são atingidos por esse fenômeno, quem tem ou não tem condições financeiras de comprar o que é oferecido. 

Os especialistas avaliam que nem a sociedade nem as meninas notam que ocupam o papel de vítimas na exploração sexual. Segundo a coordenadora do projeto, Anna Flora Werneck, foi feita uma pesquisa com caminhoneiros brasileiros e os que admitiram já terem sido clientes de crianças e adolescentes - 37% dos entrevistados - não acham essas meninas coitadinhas, e sim responsáveis por aquela situação. “Elas não estavam ali para levar o pão para casa”, completou o psicólogo. Outro dado que compõe o quadro da exploração é a vulnerabilidade pela dependência química. O ciclo de abuso infantil que está espalhado por 1.819 pontos de risco, já mapeados pela Polícia Rodoviária Federal, apenas nas estradas brasileiras. Os resultados foram apresentados ontem (06) pelo Instituto WCF-Brasil (Childhood), entidade internacional que atua no combate à exploração infantil. Foram acompanhadas por psicólogos especializados em violência 69 meninas de dez a 17 anos, atendidas por instituições especializadas em vítimas de abuso.

Fonte: ANDI com informações do Jornal da Tarde

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