Quinta-feira, 11 de agosto de 2011 - 05h14
Luana Lourenço*
Agência Brasil
Brasília - A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) deve decidir hoje (11) sobre a liberação comercial de feijão geneticamente modificado. As variedades, produzidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), são resistentes ao vírus do mosaico dourado, principal praga da cultura do grão no Brasil e na América do Sul.
O pedido de liberação foi feito em dezembro de 2010 pela Embrapa e é o segundo item da pauta de votações de hoje da CTNBio, responsável pela liberação comercial de organismos geneticamente modificados no Brasil.
Um dos responsáveis pelo projeto, o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Francisco Aragão disse que a aprovação do feijão transgênico pode reduzir significativamente o índice de perda nas lavouras. “O vírus do mosaico dourado ocorre em todas as regiões em que se planta feijão no Brasil e as perdas anuais equivalem a uma quantidade que poderia alimentar entre 9 e 18 milhões de pessoas adultas”, compara.
Aragão disse ainda que a pesquisa para chegar ao grão geneticamente modificado durou dez anos e é a primeira desenvolvida exclusivamente por uma instituição pública brasileira.
A presidente da Associação Nacional de Biossegurança, Leila Macedo Oda, defendeu a liberação comercial do feijão geneticamente modificado e argumentou que a medida deverá beneficiar principalmente os pequenos produtores. “O cultivo do feijão é praticamente exclusivo de pequenos agricultores, que acabam perdendo toda a produção quando a lavoura é atingida pelo mosaico dourado. Esse trabalho da Embrapa terá um impacto social grande, além de ser pioneiro, desenvolvido por cientista brasileiros, que não pagará royalties”, avaliou.
Apesar do entusiasmo da comunidade cientifica, o feijão transgênico enfrenta resistência de movimentos sociais, organizações ambientalistas e associações de pequenos produtores. As entidades questionam a ausência de estudos com o novo feijão em todos os biomas brasileiros e a falta de dados sobre os possíveis impactos da modificação genética sobre todas as variedades do grão consumidas no país.
Em julho, entidades ligadas à Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) divulgaram uma moção de repúdio ao projeto da Embrapa, em que avaliam o novo feijão como “uma grave ameaça à segurança e à soberania alimentar e à agrobiodiversidade”.
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