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Política - Nacional

Crise dos controladores altera planos para o fim de ano


Agência O Globo RIO - A crise aérea provocada pela operação-padrão dos controladores de vôo está fazendo com que milhares de brasileiros que já organizavam as férias de fim de ano alterem seus planos, deixando os aviões de lado e procurando outros meios de deslocamento. O caos nos aeroportos das últimas semanas está fazendo com que os viajantes troquem passagens aéreas por bilhetes rodoviários e marítimos, e a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH) já registra queda média de 10% nas reservas pagas, em novembro, para as férias, em relação ao ano passado. No Rio, os hotéis registram queda de 16% no número de reservas pagas para o fim do ano, de 12 mil reservas, em novembro de 2005, para 10 mil no mesmo período deste ano, e para Eraldo Alves da Cruz, presidente da ABIH, o número de cancelamentos pode aumentar nas próximas semanas. Levantamento feito pelo jornal O Globo, publicado na edição deste domingo, revelou que a compra antecipada de pacotes enfrenta a desconfiança de quem vai viajar. Clientes se peocupam com os atrasos e cancelamentos de vôos e há clientes adiando a compra dos pacotes para o fim de ano. As agências de turismo não se responsabilizam pelos atrasos e cancelamentos, porque alegam que isso é atribuição das companhias aéreas. A Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) contabilizou queda nas vendas de pacotes antecipados este ano. Segundo o presidente da entidade, José Zuquim, em 2005, nesta época, 50% dos pacotes antecipados já tinham sido vendidos. Este ano, foram menos de 45%. O vice-presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagens (Abav), Carlos Alberto Amorim Ferreira, é outro que reclama. Ele considera o problema nos aeroportos um entrave para o crescimento do turismo nacional. Outro setor que está comemorando a crise aérea é o de aluguel de carros, cujas diárias variam de R$ 89 a mais de R$ 300, e a demanda está sendo aquecida pelos atrasos nos vôos.

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