Segunda-feira, 26 de abril de 2010 - 12h50
Risco está no fluxo intenso de turistas, que acabam movimentando a exploração sexual durante o período de duração do evento
Sete capitais do País estão às voltas com grandes obras para a Copa de 2014. Devido ao grande fluxo de operários, os canteiros se tornam atrativos para a indústria do sexo. Mas especialistas alertam que um risco ainda maior está no fluxo intenso de turistas. Terminada a Copa do Mundo na África do Sul, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Ecpat Internacional (rede mundial de organizações que trabalham para eliminar a exploração sexual, a pornografia e o tráfico de crianças para fins sexuais) voltarão suas atenções para o Brasil. Conforme essas organizações, registros apontam para um aumento do tráfico de meninos e meninas nos países mais pobres da África para atender à indústria do sexo.
Investimento - O Ministério do Turismo investirá R$ 3,7 milhões em um projeto de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes. A proposta foca, além da Copa, as Olimpíadas de 2016. Será dividida em três fases: formação de multiplicadores nos estados, elaboração de um plano de ação para as cidades-sede da Copa e uma campanha nacional. O objetivo é sensibilizar o País e incentivar a população e os atores do turismo a agir de forma preventiva e denunciar os casos de exploração.
ANDI com informações da Gazeta do Povo (PR), Folha de Boa Vista (RR)
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