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Política - Nacional

Controle aéreo não tinha técnico para solucionar pane


Agência O Globo BRASÍLIA - O Brasil não tinha técnicos especializados em solucionar o problema que, na terça-feira, interrompeu todas as comunicações entre aviões e torres de controle do Cindacta 1, tornando inoperantes por três horas todos os aeroportos do Sudeste e do Centro-Oeste, causando a maior pane da aviação civil brasileira. Estas informações foram dadas pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, nesta quinta-feira, a deputados da comissão extraordinária criada para investigar as causas do caos do tráfego aéreo. - O ministro disse que este incidente é relativamente normal. O problema foi não ter um técnico especializado no momento do incidente - afirmou o deputado Alberto Fraga (PFL-DF). Segundo Fraga e os outros deputados que estiveram com o ministro - Alceu Collares (PDT-RS) e Carlos William (PMDB-MG) - Pires afirmou que o problema de comunicação só pôde ser verificado porque, por casualidade, um técnico francês que trabalha na empresa italiana que fabricou o rádio utilizado pela Aeronáutica, estava em Manaus e foi transferido às pressas para Brasília. - Será que este único técnico vai ficar aqui permanentemente? Teremos um com formação brasileira? E ele (o ministro) também não nos informou porque faltou este técnico. A qualquer momento o problema pode ocorrer de novo - disse Carlos William. O deputado Alberto Fraga afirmou ainda que que Pires nada conhece dos problemas técnicos e de pessoal, e está sendo enganado com a omissão de informações pela Aeronáutica. A Comissão extraordinária da Câmara dos Deputados foi criada para investigar o caos do transporte aéreo no país e está agendando encontros com outras autoridades aéreas a partir da próxima semana. - A Aeronáutica, esse sistema (de controle aéreo) é uma verdade caixa preta - afirmou William. Mais cedo, o presidente da Anac, Milton Zuanazzi, dissera que o governo estuda a criação de novos quatro centros de controle, que funcionariam como reservas aos atuais quatro Cindactas (Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo). Zuanazzi afirmou ainda que o governo já comprou equipamentos de reserva, iguais aos que falharam na terça-feira, e que eles devem estar completamente instalados até o fim da semana que vem. E, ainda segundo ele, o governo já está providenciando a compra de um novo sistema de rádio para ser instalado em São Paulo, como determinou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em uma reunião emergencial sobre a crise na terça-feira. Dilma diz não acreditar em sabotagem A ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, dissera pela manhã que o problema no sistema de comunicação de rádio é simples e que o governo agiu bem. - O governo agiu tentando preservar a questão da segurança, ou seja, colocou a segurança como a questão mais importante para ser encarada, mesmo que isso causasse alguns incômodos, ou grandes incômodos à população. A avaliação feita até agora é que o problema que ocorreu não é um problema sério. É um problema bastante simples de solução. Dilma disse ainda que não acredita em sabotagem, e sim numa falha humana ou de equipamentos. - Não acredito que pareça ser algo como uma ação indevida, acho que foi mais uma falha humana do que qualquer ato de sabotagem - afirmou. Ministro do TCU critica contingenciamento O contingenciamento dos recursos destinados aos órgãos do setor aéreo deverá ser um dos problemas apontados no relatório preliminar da auditoria operacional do Tribunal de Contas da União (TCU). Segundo o ministro Augusto Nardes, que está investigando os problemas que vêm ocorrendo nos aeroportos do país, os controladores de vôo estão comandando todo o processo do espaço aéreo e falta falta autonomia financeira para o órgão regulador do setor, a Agência Nacional de Aviação Comercial (Anac). Crise deixa Pires em situação delicada A crise operacional ampliou a crise política no setor, deixando praticamente insustentável a permanência do ministro da Defesa, Waldir Pires, no governo. Há 60 dias, o governo federal tenta resolver os problemas da aviação civil, e a insatisfação entre os militares da Aeronáutica e o Ministério da Defesa, comandado por um civil, é crescente. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, informou, por sua vez, que o governo não vai adotar medidas com pressa para resolver o problema e criticou as companhias aéreas que, segundo ele, não estão preparadas para atender os passageiros em momentos de crise.

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