Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Política - Nacional

China e Índia se unem para limitar abertura agrícola


Agência O Globo GENEBRA - A China e a Índia elevaram ontem o tom para exigir o direito de frearem importações agrícolas num acordo da Rodada Doha de liberalização comercial. Num comunicado conjunto, " os dois maiores países do mundo " enfatizam que querem intensificar sua participação conjunta nos temas de comércio internacional. A advertência coincide com a abertura da reunião ministerial do Grupo de Cairns, de 19 países exportadores agrícolas, como Brasil, Argentina e Austrália, que se realiza no Paquistão, e que justamente pede a maior abertura possível dos mercados agrícolas. O ministro indiano de Comércio, Kamal Nath, foi a Pequim informar seu colega Bo Xilai sobre as discussões do G-4/G-6 (Brasil, Estados Unidos, União Européia, Índia, Austrália e Japão), ocorridas na semana passada em Nova Déli, quando os maiores atores da Rodada Doha se declararam " determinados " a concluir a negociação até o final do ano. O comunicado conjunto serviu para mandar advertências aos exportadores agrícolas. No texto, Pequim e Nova Déli citam basicamente os países industrializados, insistindo que a posição atual dos EUA e da UE não levará a um acordo agrícola. Eles cobram " significativa melhora " nas propostas de cortes nos subsídios e de tarifas de importação desses países. Mas a mensagem visa também os exportadores agrícolas em geral. Indianos e chineses querem ter ampla margem para poderem utilizar dois mecanismos que certamente serão incluídos no pacote da rodada: designação de " produtos especiais " (que terão corte de tarifas menor) e " salvaguarda especial " (para frear importações, por razões de segurança alimentar, desenvolvimento rural ou combate à pobreza). Só que países exportadores, como Argentina e Uruguai dentro do G-20, o grupo do qual a China e a Índia também participam, sob a coordenação do Brasil, temem que a rodada acabe por consolidar o protecionismo nos dois maiores mercados em desenvolvimento. Aparentemente, a irritação de Pequim ocorre também por causa da insistência dos EUA de querer limitar os produtos especiais a 1% das importação. Até recentemente, o G-33, grupo do qual China e Índia participam com Indonésia e outros países emergentes grandes, queria designar 20% dos produtos agrícolas como " especiais " , mas cortou a demanda para 12% como " sinal de boa vontade " . Para o Brasil, grande exportador, esses percentuais não têm nada de satisfatório. Por sua vez, o diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, declarou-se convicto de que um acordo na Rodada Doha é possível e que a dificuldade é política, não técnica. Ele pediu para os EUA e a UE demonstrarem " liderança " , ou seja, para fazerem concessões. (Assis Moreira | Valor Econômico)

Gente de OpiniãoDomingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

Maurício Carvalho defende isenção do imposto de renda para professores em audiência pública na Câmara

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou, nesta quarta-feira (12), audiência pública para debater o Projeto de Lei 165/2022, que prop

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia tem nova diretoria.

Nesta quinta-feira, (07/09) o Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Rondônia  - (SINSEMPRO) realizou Eleições  para a escolha da nova d

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

Retomada do diálogo sobre a pavimentação da BR-319 é uma boa notícia ao setor produtivo, diz presidente da Fecomércio

O presidente da Fecomércio-RO e Vice-Presidente da CNC, Raniery Araujo Coelho, se manifestou nesta quarta-feira 16.07 sobre a retomada das discussõe

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

Governo Federal institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial entre Mulheres e Homens e o comitê gestor

O Governo Federal instituiu nesta terça-feira, 8 de abril, a Portaria Conjunta que institui o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre

Gente de Opinião Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)