Segunda-feira, 29 de novembro de 2010 - 18h03
Débora Zampier
Agência Brasil, Brasília – A corrida eleitoral no primeiro turno das eleições custou R$ 20,41 por eleitor, segundo números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Somados os gastos declarados por 16,7 mil candidatos, R$ 2,77 bilhões foram destinados às campanhas. Os números não incluem os gastos de 16 candidatos ao governo e de dois candidatos à Presidência que disputaram o segundo turno, que têm até amanhã (30) para prestar contas.
O gasto por eleitor para os cargos de deputado federal, estadual ou distrital foi quase três vezes maior que o gasto para uma vaga no Senado: R$ 6,70 contra R$ 2,61. O estado em que os candidatos mais gastaram em campanha foi Roraima: R$ 96,30, mais de três vezes superor à média nacional.
Os valores finais das campanhas no estado serão ainda maiores, uma vez que os dois candidatos a governador que concorreram no segundo turno ainda não prestaram contas. Paraíba foi o estado em que menos se gastou em campanha, uma média de R$ 9,54 por eleitor.
As informações sobre prestações de contas dizem respeito apenas aos candidatos, excluindo comitês financeiros e partidos. Entre os candidatos, cerca de 25% ainda não regularizaram sua situação na Justiça Eleitoral (foram 22,5 mil candidatos registrados no total). O prazo para prestação de contas do primeiro turno se encerrou no dia 2 de novembro.
Segundo o TSE, a não prestação de contas impede a obtenção de certidão de quitação eleitoral, documento essencial para quem pretende concorrer a um cargo nas próximas eleições. Os candidatos também podem responder por abuso de poder econômico. Em setembro, o TSE mudou seu entendimento sobre a importância da prestação de contas ao decidir que a simples apresentação dos números – e não sua aprovação – é suficiente para a obtenção da quitação eleitoral.
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