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Política - Nacional

Cai número de alunos que concluem ensino básico


Agência O Globo BRASÍLIA - O aumento das taxas de evasão e repetência indicam que menos estudantes devem concluir o ensino fundamental e o médio - a educação básica. É o que mostra relatório do Observatório da Eqüidade, divulgado na terça-feira pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), órgão vinculado à Presidência da República. De cada cem alunos que ingressavam na 1ª série em 1997, a expectativa era de que 65,8 terminassem a 8ª série. Em 2004, essa taxa caiu para 53,5. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), aprovado em segunda votação na Câmara, nesta quarta-feira, deverá beneficiar 18 milhões de alunos a mais que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef), que financia apenas o ensino fundamental. Segundo o ministro da Educação, Fernando Haddad, o novo sistema vai surtir efeito na qualidade do ensino nos próximos anos. O relatório do CDES será encaminhado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para orientar a política educacional no segundo mandato. A taxa de expectativa de conclusão do ensino fundamental retrata também desigualdades regionais. No Nordeste, apenas 38,2% dos estudantes de 1ª série em 2004 deveriam completar a 8ª, segundo a estimativa do Observatório da Eqüidade, enquanto no Sudeste essa taxa era de 69,3%. - A tendência é menos gente se formar - diz o consultor da Fundação Cesgranrio e especialista em indicadores educacionais, Ruben Klein. Índice indica tendência do sistema educacional do país Ele explica que a expectativa de conclusão de curso é um cálculo matemático que não tem a precisão de um relógio suíço, mas indica a tendência do sistema de ensino do país. No caso do Brasil, a taxa de evasão no ensino fundamental era de 3,9% em 1997, e subiu para 6,9% em 2004. Já a taxa de repetência caiu de 23,4%, em 1997, para 21,1%, em 2004, revertendo a queda observada até 2003. Ainda assim, a taxa de repetência é considerada alta. Pior: com pequenas flutuações, mantém-se estável nesse patamar há uma década. No ensino médio, a expectativa de conclusão era de 78,5%, em 1997, e caiu para 68,5%, em 2004. A situação é mais grave porque menos da metade dos jovens de 15 a 17 anos chega ao ensino médio. Segundo o Observatório da Eqüidade, apenas 45,3% dos jovens nessa faixa etária estavam matriculados no nível médio. Estudo enfoca disparidades regionais na educação Klein cita dados do Censo Escolar para mostrar que vem caindo o número de alunos que concluem o ensino fundamental. Em 2002, segundo ele, 2.829.595 estudantes terminaram a 8ª série. Em 2003, esse número ficou em 2.723.900, havendo nova redução em 2004, quando 2.510.102 chegaram ao fim do ensino fundamental, etapa definida como obrigatória pela Constituição. O relatório divulgado pelo CDES foi elaborado por técnicos do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), do IBGE, do Dieese, do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério do Trabalho. As tabelas sobre expectativa média de conclusão do ensino fundamental e do ensino médio foram preparadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), órgão ligado ao MEC. O estudo tem como foco as disparidades regionais na área de educação. A redução do número de alunos que concluem a educação básica tem reflexo no número de estudantes que ingressam na universidade e na educação profissionalizante. Na quarta-feira, reportagem do GLOBO mostrou que o relatório também revela desigualdades entre os estudantes da cidades e da zona rural. O estudo diz que, enquanto a população acima de 15 anos tem, em média, sete anos de estudo, os moradores das áreas rurais passam apenas 4,2 anos na escola. Os nordestinos passam 5,6 anos, os negros, 6 anos; e os 20% mais pobres, em média 4,8 anos. Leia mais: MEC já prepara projeto de lei para piso salarial dos professores

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