Quinta-feira, 3 de julho de 2025 - 17h07
O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira (3) o plano do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para iniciar o ressarcimento dos descontos irregulares de mensalidades associativas nos benefícios de aposentados e pensionistas.
Com a homologação, os
pagamentos devem começar no dia 24 de julho e serão feitos de 15 em 15
dias, a partir da data inicial. Cada lote deve contar com o ressarcimento de
1,5 milhão de beneficiários.
Os valores serão corrigidos
pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador da
inflação.
Na mesma decisão, Toffoli
determinou a suspensão de processos e decisões judiciais em todo o país que
tratam da responsabilidade do INSS e do governo federal sobre os descontos
ilegais.
O ministro também ressaltou
que a adesão dos aposentados ao acordo deve ser voluntária. Conforme uma das
cláusulas do acordo, quem aderir deverá retirar a ação na Justiça contra o
INSS.
"É
imperativa a atuação das instituições signatárias na divulgação não apenas do
acordo, como também da voluntariedade de sua adesão pelos beneficiários que
foram vítimas de fraudes mediante descontos não autorizados por parte de
entidades associativas e dos efeitos jurídicos dessa adesão", afirmou o
ministro.
Crédito
extraordinário
Toffoli não
aceitou o pedido da AGU para determinar a abertura de crédito extraordinário no
orçamento para viabilizar o ressarcimento.
Na decisão, o ministro disse
que não cabe ao Supremo determinar a medida, que é de competência do Congresso.
Contudo, o ministro
entendeu que os recursos para o pagamento poderão ficar fora do limite de
gastos do Novo Arcabouço Fiscal.
"Essa
mesma razão justifica que os valores a serem utilizados para reposição
imediata, na via administrativa, do patrimônio dos beneficiários da Previdência
Social que foram vítimas das fraudes com descontos não autorizados, acordada
nestes autos, sejam excepcionados do cálculo para fins do limite disciplinado
no art. 3º da Lei Complementar nº 200/23, conforme 2º do dispositivo,
independentemente de figurar em crédito extraordinário", definiu o
ministro.
Conciliação
O acordo enviado para chancela
do STF foi fechado entre a AGU, o INSS, o Ministério da Previdência Social, a
Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Defensoria Pública da União (DPU) e o
Ministério Público Federal (MPF). Todos os órgãos participam de uma conciliação
aberta por Dias Toffoli.
Segundo a AGU, a homologação é
necessária para dar segurança jurídica ao processo de devolução dos valores
descontados.
Bloqueios
As fraudes são investigadas na
Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema nacional de
descontos de mensalidades associativas não autorizadas. Estima-se que cerca de
R$ 6,3 bilhões foram descontados de aposentados e pensionistas entre 2019 e
2024.
Até o momento, a
Justiça Federal já bloqueou R$ 2,8 bilhões em bens.
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