Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Brasil

CNC debate enfrentamento dos dilemas que limitam setor aéreo na Amazônia Legal

Presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac se reuniu com senador Alan Rick e presidentes das Fecomércios dos nove estados que compõem a região


CNC debate enfrentamento dos dilemas que limitam setor aéreo na Amazônia Legal - Gente de Opinião

O presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros, se reuniu na manhã desta quarta-feira (24), em Brasília, com o senador Alan Rick (União/AC) e os presidentes das federações do comércio de bens, serviços e turismo dos nove estados que compõem a Amazônia Legal. A pauta do encontro foi o enfrentamento dos principais problemas do setor aéreo na região, que corresponde a 59% do território brasileiro, e as principais demandas da aviação regional e nacional, com o objetivo de fomentar a integração e operacionalização de voos regionais no País.

Na missão de atender melhor os anseios da população brasileira, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) firmou apoio ao senador Rick, que propõe por meio do Projeto de Lei 4388/2023 utilizar recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) para subsidiar a aquisição de querosene de aviação comercializado em aeroportos localizados na Região Norte.

A meta é promover o desenvolvimento econômico da região que contempla os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso, frequentemente limitado por desafios logísticos como acesso precário à infraestrutura de transporte como rodovias e transporte aéreo.

Na abertura da reunião, o presidente da CNC lembrou que a malha aérea no Brasil sofreu recessão após a pandemia da Covid-19 e que a região amazônica foi extremamente atingida. Observou ainda que a Amazônia Legal tem a maior área de fronteiras internacionais e que a Confederação foca atender os interesses dos empresários e da população, que sofre com a alta dos preços das passagens aéreas e com a inexistências de trechos regionais, que fazem fronteira.

José Roberto Tadros exemplificou situações de voos que prejudicam o turismo e o desenvolvimento econômico, com escalas em estados distantes para chegar a regiões fronteiriças. “Queremos desenvolver o turismo brasileiro e integrar as promissoras regiões do país com passagens mais baratas. Quando o passageiro vai para Brasília, pega o avião em Cuiabá e tem que ir para São Paulo. Os viajantes de Porto Alegre reclamam e de Florianópolis, pois, para irem de um estado a outro, precisam ir para São Paulo, explicou”.

O senador Rick destacou a necessidade de atenção para garantir o desenvolvimento dos estados da Amazônia legal, com capacidade para atender o fluxo do transporte aéreo do País, com passagens mais baratas, maior oferta de voos e com uma política menos burocrática para o seguimento.

Situação econômica da população

O vice-presidente Financeiro da CNC, Leandro Domingos, atentou para a situação econômica da população que mora na floresta amazônica e vive em condições difíceis por falta de infraestrutura e de acesso rodoviário suficiente na região.

“O interior das nossas cidades não tem absolutamente nenhuma estrutura para dar uma condição digna de vida para essas pessoas. Infelizmente, o acesso rodoviário à nossa região é muito precário. Por exemplo, do segundo município nosso, estamos a 600 e poucos quilômetros de Rio Branco. Hoje, por estrada, deve durar umas 15, 18 horas de viagem devido à precariedade do asfalto da estrada.”

Leandro também enfatizou a alta dos preços das passagens aéreas após o período pandêmico. “Depois da pandemia, reduziram a frota das aeronaves de todas as companhias aéreas, os preços triplicaram, e as empresas ainda dizem que estão com prejuízo. É uma situação muito complicada que precisamos enfrentar e ter uma interferência política muito forte para reverter a situação.”

Ainda na reunião, o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, apresentou uma avaliação do setor aéreo brasileiro e como é possível garantir o seu dinamismo a preços menores.

Tavares elencou as propostas da CNC para o setor, que são: direcionamentos legais para indenizações, sanções e penalidades; garantia da livre definição de rotas e preços;​ isenção das tarifas aeroportuárias; direcionamento dos recursos públicos a fim de fomentar a agenda de concessões aeroportuárias, atraindo investimentos e gestão privada para os aeroportos regionais; liberalização da cabotagem a empresas estrangeiras de qualquer nacionalidade e para operar em todo o território nacional; e fim da paridade de preços internacionais para o QAV.

Gente de OpiniãoSexta-feira, 14 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Biolab fortalece seu Conselho Consultivo com ex-presidente do BB, CEO da 3M e ex-CTO do Itaú

Biolab fortalece seu Conselho Consultivo com ex-presidente do BB, CEO da 3M e ex-CTO do Itaú

Como parte de sua reestruturação estratégica para impulsionar o crescimento sustentável, a Biolab Farmacêutica anuncia mudanças no Conselho Consulti

Nova diretoria do Cofeci toma posse com foco na valorização dos corretores de imóveis

Nova diretoria do Cofeci toma posse com foco na valorização dos corretores de imóveis

A busca pelo fortalecimento do mercado imobiliário e pela valorização da profissão dos corretores de imóveis é o ponto central para a gestão da nova

Drones ganham espaço nas entregas do setor da saúde e chegam ao mercado odontológico

Drones ganham espaço nas entregas do setor da saúde e chegam ao mercado odontológico

O uso de drones na logística das empresas vem crescendo e já apresenta sinais de que deve se tornar tendência no mercado. De acordo com dados da Agê

Cofeci anuncia nova gestão para o triênio 2025-2027

Cofeci anuncia nova gestão para o triênio 2025-2027

O Conselho Federal de Corretores de Imóveis (Cofeci) dará início ao triênio 2025-2027 com a posse de sua nova diretoria. A cerimônia será realizada

Gente de Opinião Sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025 | Porto Velho (RO)