Domingo, 15 de setembro de 2013 - 07h48
Setembro é um mês com duas datas que homenageiam o caminhoneiro brasileiro: 16 de setembro é o Dia Nacional do Caminhoneiro e 19 de setembro é o Dia do Transportador de Cargas. Mas infelizmente a categoria não tem muito para comemorar.
São muitos os problemas que o setor enfrenta, como rotina extenuante de até 16 horas por dia, estradas danificadas colocando em risco a vida dos motoristas, exclusão social e pagamento via carta-frete, uma moeda ilegal que circula nas estradas há mais de 50 anos, fazendo com que o caminhoneiro pague ágio em todas as compras feitas ao longo da jornada.
São cerca de 2 milhões de caminhoneiros no Brasil. Destes, 1,2 milhões autônomos e 800 mil empregados. Há mais de dois anos, o governo sancionou uma lei proibindo o uso da carta-frete e tornando obrigatório o pagamento aos caminhoneiros por meio de depósito em conta corrente ou uso do cartão-frete eletrônico. Com o cartão-eletrônico o caminhoneiro pode comprar em qualquer posto de sua preferência pelas estradas e pagar o valor justo por cada produto. Com a carta-frete o motorista pode parar somente em locais pré-determinados pela transportadora, e é cobrado um ágio, por exemplo, no abastecimento do veículo ou compra de alimentos. Em cada abastecimento é possível pagar R$ 70,00 a mais com a cobrança de ágio, um prejuízo que afeta o bolso do caminhoneiro e o do contribuinte.
Por ano o país perde em torno de R$ 12 bilhões em sonegação de impostos, com o uso da carta-frete. Esse dinheiro poderia ser usado, por exemplo, na recuperação da malha rodoviária do Brasil, evitando muitos acidentes e colocando a população menos em risco.
Um estudo da Coppead e Pamcary mostrou que ocorrem em torno de 90 mil acidentes nas estradas anualmente, provocando 12 mil mortes. Destas, 1/3 é de caminhoneiro. Além da fadiga, excesso de velocidade e estradas destruídas, outro fator importante é a frota antiga que circula. Com o cartão-eletrônico ou depósito em conta o motorista passa a ter comprovação de renda e pode trocar ou reformar seu caminhão pelo programa Pro-Caminhoneiro, por exemplo, que facilita as condições de pagamento ao profissional.
Mesmo não gostando da carta-frete, 69% usam por imposição do contratante (embarcadora / transportadora).
Problemas gerados com a carta-frete:
· inadimplência das transportadoras com os postos
· recebimento pelo caminhoneiro de cheque sem fundo dos postos
· limitação de quando e onde parar para abastecimento
· manuseio de altas quantias de dinheiro pelos postos de combustíveis
· alto custo operacional, devido à baixa automação atrelada à necessidade de controles paralelos
· necessidade de grande capital de giro pelos postos
Agente mais explorado é o caminhoneiro. O uso da carta-frete acarreta para ele:
· aumento do índice de acidentes nas estradas
· piora nas condições de trabalho dos caminhoneiros
· exclusão social do caminhoneiro
Fonte: Larissa Squeff
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