Quarta-feira, 2 de agosto de 2017 - 05h07

Da Sputnik Brasil
Especialista na área econômica, a pesquisadora norte-americana Deborah James acredita que o Brasil abriu mão de liderar a América do Sul em discussões comerciais, se afastando do Mercosul e se alinhando com ênfase aos interesses dos Estados Unidos.
“Até pouco tempo [o Brasil] era o líder da região que lutava para construir uma unidade entre os países em desenvolvimento […]. Após o golpe de Estado no Brasil, este país abandonou totalmente suas pretensões de ser o líder do sul”, disse a pesquisadora, que integra o Centro de Investigação em Economia e Política (CEPR) e coordena a Rede Mundial Nosso Mundo Não Está à Venda.
A mudança de postura brasileira teria acontecido a partir de setembro de 2013, quando o ex-embaixador Roberto Azêvedo assumiu o posto de diretor-geral da OMC. Dali em diante o governo do Brasil passou a ser um aliado próximo dos EUA, deixando de lutar contra os subsídios de países ricos aos seus produtores agrícolas.
“A posição do Brasil na OMC é contra as necessidades de todos os famintos, mas também os países do sul do mundo. Está tão alinhado com os Estados Unidos que deixou de ser alinhado com o Mercosul e com a sua própria população”, completou Deborah.
No encontro de dezembro em Buenos Aires, a pesquisadora acredita que os gigantes tecnológicos do Vale do Silício, como Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft pressionarão por novas regras para a economia digital, ainda com áreas não regulamentadas na economia global.
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“O comércio eletrônico que propõe a OMC é um perigo para os países em desenvolvimento […]. Temos que ter um sistema internacional que discipline as corporações através do comércio em favor do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos, incluindo os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, e ao meio ambiente”, comentou.
Para a pesquisadora, os países em desenvolvimento precisam se unir, a fim de evitar que os dividendos produzidos por um crescente comércio digital fique restrito a um pequeno grupo de empresas transnacionais, sem trazer o devido desenvolvimento e sem diminuir a desigualdade.
“A coisa mais importante é exigir uma mudança na OMC. Em outras palavras: transformar, alterar as regras existentes, especialmente em questões agrícolas e de desenvolvimento. Devemos nos opor à expansão da OMC e de forma concreta à inclusão de novos temas, como o comércio eletrônico”, concluiu.
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