Quinta-feira, 24 de setembro de 2009 - 11h40
Amanda Mota
Agência Brasil
A contratação de mais trabalhadores e o fim de algumas metas estabelecidas para os bancários em todo o país estão entre as reivindicações apresentadas pela categoria durante a paralisação iniciada hoje (24), sem prazo para terminar.
Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Amazonas, Lindenberg Santos, a categoria está insatisfeita com o que classifica de “metas abusivas” e expressas por meio da cobrança exagerada aos funcionários para venda de seguros e outros produtos oferecidos pelos bancos.
“Muitos colegas sofrem assédio moral por causa dessas metas. Alguns são ameaçados de perder a função ou de serem transferidos para outras agências caso não alcancem esses objetivos”, denunciou.
Em entrevista à Agência Brasil, Santos destacou que, por causa das condições insatisfatórias de trabalho e do estresse com as metas impostas, os bancários estão com a qualidade de vida comprometida. Para reverter esse quadro, centenas de agências de todas as capitais do Norte e dos maiores municípios da região, sobretudo, decidiram fechar as portas hoje e somar forças com a paralisação nacional. Só no Amazonas, Pará e Amapá, os bancários são mais de 10,5 mil.
“A manifestação poderá se estender por tempo indeterminado, se for o caso”, afirmou Santos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará e Amapá e membro do Comando Nacional, Alberto Cunha, a greve foi a única alternativa encontrada para receber dos banqueiros uma nova proposta diante das reivindicações. “Infelizmente, os banqueiros mantiveram a postura de não negociar seriamente com a nossa categoria e apresentaram uma proposta que não dialoga com as reivindicações dos bancários”.
Com essa greve, a categoria quer aumento salarial de 10%, participação nos lucros e resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850, proteção ao emprego e melhores condições de trabalho.
A proposta apresentada pelos banqueiros prevê reajuste de 4,5%, PLR de 1,5 salário reajustado, limitado a R$ 10 mil e a 4% do lucro líquido de 2009. As empresas que tiverem prejuízo neste ano não pagariam a PLR.
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