Domingo, 17 de setembro de 2006 - 15h11
Artistas populares de todo o país vieram a Brasília com um único objetivo: cobrar do governo ações e políticas públicas que fortaleçam a cultura popular. Desde a última quinta-feira (14), músicos, dançarinos, atores e escritores que representam a arte popular brasileira participam do 1º Encontro Sul Americano de Culturas Populares.
"Viemos cobrar ações efetivas. A arte popular no Brasil ainda é muito desvalorizada. O governo e os gestores públicos precisam olhar mais para nós - artistas de rua -, que representamos tanto a raiz de um povo quanto a herança de um país", disse, em entrevista à Radiobrás, o músico popular, Valdir Soares de Oliveira, de 65 anos. Valdir, que é de Maceió (AL), toca flauta e faz shows populares em escolas infantis. Apesar da falta de recursos públicos para o setor cultural, em especial para a arte popular, Valdir Soares acredita que o governo vem dando maior atenção para os artistas populares nos últimos anos.
Ele sugeriu, que para manter viva as manifestações culturais e incentivá-las no país, os gestores públicos deveriam contratar artistas populares para trabalharem nas próprias escolas. "Desta forma, estaremos passando a cultura popular para as crianças e ao mesmo tempo mantendo vivo nossos artistas", disse.
A artista Cilene Farias, que participa do encontro, também destacou a importância de o governo brasileiro disponibilizar mais recursos para o setor cultural brasileiro. "Do jeito que está, apesar de todas as melhorias conquistadas, a cultura popular brasileira vai morrer aos poucos, pois faltam recursos para os nossos artistas", disse, em entrevista à Radiobrás.
Cilene Farias é do grupo Jabuti-Bumbá Marupiara, concebido por artistas populares de Rio Branco (AC). O espetáculo, além de divulgar e valorizar a cultura popular, canta, dança e encanta as historias e lendas do universo acreano. O grupo também chama a atenção para a preservação da biodiversidade e meio ambiente amazônico.
O Jabuti, como brincadeira popular, recebe influências do Maracatú, Boi-Bumbá, Pastorinhas, Catira, Vira e Cacuriá. O figurino do grupo tem adereços, enfeites e vestidos de chitas e fitas coloridas.
"A arte popular no Brasil é muito representativa. Precisamos incentivá-la para mostrarmos sempre a cara de nós, brasileiros. Para isso, o Estado precisa investir, reservar recursos no Orçamento Geral da União", disse Cilene Farias.
Paralelamente ao 1° Encontro Sul Americano de Culturas Populares acontece o 2º Seminário Nacional de Políticas Públicas para as Culturas Populares, também no Complexo Cultural Funarte, em Brasília. O dois eventos se encerram neste domingo.
Foto: Grupo ELLEGUA - Venezuela) Wilson Dias / ABr
Ana Paula Marra - (Agência Brasil)
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