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Política - Nacional

Apesar de poucos, magistrados acusados de corrupção mancham imagem do Judiciário, diz corregedor


Carolina Brígido - Agência O Globo BRASÍLIA - O corregedor nacional de Justiça, Antonio de Pádua Ribeiro, disse nesta quarta-feira que o número de magistrados acusados de corrupção no país é pequeno, mas suficiente para prejudicar a imagem e a credibilidade do Judiciário. Ele afirmou que, entre os 14.500 juízes brasileiros, menos de vinte estariam nessa situação. O próprio corregedor - que é ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e integrante do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - teve sua reputação questionada na última edição da revista Istoé. A reportagem traz trechos de um diálogo comprometedor entre um assessor do ministro e o suposto líder de uma quadrilha especializada em fraudar concursos públicos, Hélio Garcia Ortiz. - A corrupção no Judiciário, ainda que praticada por apenas um magistrado, constitui fato muito grave, porque atinge, em cheio, o sentimento de justiça da população e a credibilidade do Judiciário, última esperança dos injustiçados - disse Pádua Ribeiro, no discurso de abertura do Encontro Nacional de Corregedores de Justiça, em Brasília. Na ocasião, o ministro também declarou que o CNJ está empenhado em combater o corporativismo e punir desvios de conduta envolvendo magistrados. Criado pela reforma do Judiciário em dezembro de 2004, o conselho é responsável por realizar o controle externo das atividades dos magistrados. - Não se joga mais irregularidades para debaixo do tapete, às escondidas. O corporativismo está sendo destruído pela força da opinião pública, para o bem das instituições democráticas. Não há mais vestais no Judiciário - declarou. Assim que a Operação Hurricane (furacão, em inglês) foi deflagrada, o CNJ abriu sindicância para apurar o suposto envolvimento de magistrados com a máfia dos caça-níqueis. O principal investigado é o ministro Paulo Medina, também do STJ. Nesta quarta, Pádua Ribeiro não deu declarações sobre os supostos desvios de conduta que pesam sobre si. Mas no sábado passado concedeu entrevista à imprensa para esclarecer os fatos. O ministro declarou ter tido acesso ao conteúdo do diálogo em junho do ano passado. Imediatamente, teria demitido de seu gabinete o funcionário Cícero de Souza, que aparecia como interlocutor nas gravações.

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