Domingo, 13 de abril de 2008 - 11h35
A morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de agressão no jardim do edifício onde mora o pai, num condomínio de classe média paulista, reacendeu o debate em torno do assunto
A morte da menina Isabella Oliveira Nardoni, 5, encontrada com sinais de agressão no jardim do edifício onde mora o pai, num condomínio de classe média paulista, reacendeu o debate em torno da violência doméstica. De acordo de acordo com a pesquisa "A ponta do iceberg", realizada pelo Laboratório de Estudos da Criança (Lacri), da USP com dados de 1996 a 2007, em todos esses anos foram notificados 159.754 casos de violência doméstica. A maioria, 65.669, é de negligência. A violência física vem em segundo lugar, com 49.481 casos, seguida de violência psicológica (26.590) e de violência sexual, com 17.482 casos.
A entidade acompanha as notificações de casos de abusos sofridos por crianças em todo o País usando fontes diferentes, como centros sociais, conselhos tutelares e a Justiça. Segundo os pesquisadores, apenas 10% dos casos de abusos físicos e psicológicos contra as crianças são denunciados. Para a oficial de projetos do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) Helena Oliveira, ainda que pareça inexplicável, a violência infantil tem raízes culturais que envolvem a relação de poder entre adulto e criança e que ao longo da história foi incorporada na sociedade como a maneia certa de educar.
Mortes por agressões Entre 2000 e 2007, o Lacri contabilizou 532 mortes de crianças e adolescentes em conseqüência da violência doméstica. Dados do Ministério da Saúde mostram que uma criança é assassinada a cada dez horas no Brasil. Entre 2000 e 2005, o órgão registrou 5.049 mortes de meninos e meninas com idades até 14 anos os números foram levantados pelo jornal O Globo na base de dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Em 2005, por exemplo, 662 vítimas entre 5 e 14 anos foram mortas por agressão. Mas bebês de até 1 ano também são vítimas de brutalidade: só em 2002, foram assassinados 90.
A pesquisadora Maria Fernanda Tourinho Peres, do Núcleo de Estudos da Violência da USP, analisou o crescimento da taxa de homicídios entre crianças e adolescentes até 19 anos de 1980 a 2002. E o estudo aponta que quanto menor a idade, menor o uso de armas para cometer homicídios. Na idade até 4 anos, as crianças foram mortas de outras maneiras: por sufocamento, armas brancas (facas, por exemplo), estrangulamento. "Isso pode apontar que esses crimes ocorreram dentro de um contexto familiar e não nas ruas,disse a pesquisadora.
É muito chocante, mas muitos estudos mostram que é no ambiente familiar que os crimes acontecem".
Fonte: ANDI [Diário do Pará (PA), O Globo (RJ), Jornal da Paraíba (PB), Aline Oliveira;O Tempo (MG); Tribuna da Bahia (BA)]
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