Quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010 - 12h01
O líder dos Democratas, senador José Agripino (DEM-RN), recomendou ao vice-governador de Brasília, Paulo Octávio, que renuncie ao governo do Distrito Federal. O vice-governador assumiu o cargo após a prisão do titular, José Roberto Arruda, ocorrida no último dia 11. Agripino e Paulo Octávio se encontraram na noite de quarta-feira (17).
- Aconselhei Paulo Octávio a renunciar ao governo por uma razão simples: não se consegue dissociar a ação do governador da do vice-governador. Muito embora as evidências das acusações dirigidas aos dois sejam diferentes, acho que o melhor caminho é a renúncia. Ele refletiu, mas a decisão é dele - disse, em entrevista coletiva nesta quinta-feira (18).
De acordo com o que foi publicado pela imprensa, Paulo Octávio reuniu-se nesta manhã com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A renúncia do ex-senador, apesar de não estar confirmada, poderia ocorrer ainda nesta quinta-feira.
Agripino avalizou as ações do DEM tomadas até agora, como a desfiliação de Arruda e a determinação para que os integrantes do partido que participavam do governo do Distrito Federal entregassem seus cargos. Em sua opinião, o partido "sai como sendo o único que, diante de acusações a filiados seus, tomou as decisões acertadas que tinha que tomar, promovendo desfiliação dos culpados e mostrando ao Brasil que, dentro do Democratas, a impunidade não existe".
- Há um marco divisor. O PT, que abrigou os mensaleiros, nunca tomou providência contra os acusados. Pelo contrário, foram recebidos com festa nas comemorações dos 30 anos de fundação. No DEM, o único governador acusado de prática de ilícitos foi objeto de expulsão. Ele não foi expulso, se desfiliou porque sabia que ia ser expulso - declarou.
Questionado se, com o afastamento de Arruda e a renúncia de Paulo Octávio o partido não estaria abandonando Brasília, Agripino afirmou que essa foi a melhor contribuição para "facilitar a correção do erro".
Intervenção
A respeito da intervenção federal no DF, pedido que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), Agripino frisou que essa é uma "questão a ser decidida pela Justiça", não cabendo ao partido opinar sobre o tema. Com relação aos encaminhamentos no caso de uma possível renúncia de Paulo Octávio, o senador ressaltou que "os trâmites democráticos tem que ser obedecidos".
- Fazemos o julgamento político. O jurídico compete à Justiça.
Questionado sobre a dissolução do diretório do DEM-DF, Agripino considerou esse um "assunto pacífico". O líder defendeu a revisão completa do diretório, que deve ser composto por pessoas que não tenham vinculação com o GDF.
- A renúncia do vice é recomendável. A dissolução do diretório com a nomeação de novos membros que não tenham qualquer tipo de vinculação com o governo de Brasília se impõe. O pedido de expulsão que vai ser apresentado na semana que vem será entregue a um relator, que vai avaliar os fatos que já estejam denunciados ou que venham a ser objeto de denúncias novas, que ninguém sabe se vai haver e eu espero que não haja - resumiu.
Elina Rodrigues Pozzebom / Agência Senado
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