Quinta-feira, 18 de maio de 2017 - 05h07

Por Marcela Ayres e Maria Carolina Marcello
BRASÍLIA (Reuters) - Apontado como alvo de uma gravação em que teria pedido 2 milhões de reais ao empresário Joesley Batista, um dos donos do frigorífico JBS, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG) disse estar "absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos" e afirmou que sua relação com o empresário era "estritamente pessoal".
Segundo reportagem do O Globo, confirmada pela Reuters com três fontes com conhecimento do assunto, Joesley gravou o pedido de Aécio e a cena foi filmada pela Polícia Federal.
"O senador Aécio Neves está absolutamente tranquilo quanto à correção de todos os seus atos. No que se refere à relação com o senhor Joesley Batista, ela era estritamente pessoal, sem qualquer envolvimento com o setor público", afirma a nota divulgada pelo tucano.
"O senador aguarda ter acesso ao conjunto das informações para prestar todos os esclarecimentos necessários."
Aécio, que até recentemente era apontado como possível candidato à Presidência nas eleições de 2018, já teve o nome mencionado em delações da Lava Jato e seu nome tem perdido força quando se trata da disputa nacional, o que deve se agravar com a acusação desta quarta.
Presidente do diretório municipal do PSDB em São Paulo, o vereador Mario Covas Neto, filho do falecido ex-governador paulista Mario Covas, figura histórica do tucanato, divulgou vídeo em que defende que Aécio deixe o comando nacional do partido.
"Senador Aécio Neves, chegou a hora de o senhor sair da presidência nacional do PSDB", afirma Covas Neto no vídeo.
"O senhor (Aécio) não tem mais condições de presidir o partido. Não dá para alguém que está sendo acusado de uma série de coisas ficar à frente de um partido que foi criado sob a égide da ética, da correção e da boa gestão pública."
DEPUTADO ALIADO A TEMER
A reportagem de O Globo também afirma que Joesley Batista gravou uma conversa com Temer em que o presidente dá aval para a compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha. Na conversa, Temer também indica ao empresário o deputado Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F, holding que controla a JBS.
Loures, de acordo com o jornal, foi filmado recebendo 500 mil reais enviados por Joesley.
Em nota, a assessoria do deputado disse que ele está fora do país e que, quando retornar, o que deve acontecer na quinta-feira, "deverá se inteirar e esclarecer os fatos divulgados".
(Reportagem adicional de Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito, em Brasília; e de Brad Brooks, em São Paulo; Texto de Eduardo Simões)
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