Sábado, 26 de fevereiro de 2011 - 07h52
Daniel Mello
Agência Brasil
São Paulo – Após cinco dias de julgamento, os jurados decidiram no fim da noite de hoje (25) absolver Carlos Roberto dos Santos acusado da morte do cacique Guarani-Kaiowá Marcos Veron. Ele e mais Jorge Cristaldo Insabralde e Estevão Romero eram réus no processo que apura os crimes contra o grupo de índios que ocupou a Fazenda Brasília do Sul, em Juti, Mato Grosso do Sul, em fevereiro de 2003.
Os três funcionários da fazenda, no entanto, foram condenados por seis sequestros, tortura e formação de quadrilha armada. A pena estipulada pela juíza da 1ª Vara Criminal Federal de São Paulo, Paula Mantovani, foi de 12 anos e três meses de prisão. Estevão Romero foi condenado também a mais seis meses em regime aberto por fraude processual.
Todos os réus já passaram quatro anos e oito meses sob prisão preventiva. Como a sentença ainda não transitou em julgado, eles deixaram o tribunal em liberdade.
Para o procurador Luiz Carlos Gonçalves, o resultado foi uma vitória parcial. “ A vitória completa seria a condenação dos réus também pelos homicídios e tentativas de homicídios”. Mesmo assim, ele considerou a sentença um avanço na luta pelos direitos indígenas. “A mensagem de que a comunidade indígena tem direitos e que a violência é intolerável foi dada”, disse.
O próximo passo, segundo o procurador, é buscar a condenação dos mandantes do assassinato de Marcos Veron. O dono da fazenda, Jacinto Honório da Silva Filho, é réu em outro processo sobre o mesmo caso.
A defesa dos acusados comemorou o resultado, já que a pena aplicada é apenas uma fração da penalidade que poderia ser imputada. O advogado Josephino Ujacow, entretanto, adiantou que vai recorrer da sentença.
O juri foi realizado em São Paulo atendendo ao pedido do Ministério Público Federal. O órgão afirma que o dono da fazenda tem grande poder econômico e poderia influenciar no julgamento em Mato Grosso do Sul. Além disso, segundo o MPF, existe no estado um grande preconceito contra indígenas.
Os crimes ocorreram quando um grupo de cerca de 40 seguranças da Fazenda Brasília do Sul desocupou a área à força. Os índios estavam acampados pela segunda vez a fazenda que é reivindicada como terra indígena. Marcos Veron teria sido morto a coronhadas durante o conflito.
Os cinco dias de juri foram acompanhados por um grupo de índios que inclui três filhos do cacique morto e cerca de 15 outros membros da tribo.
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