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Acir Gurgacz apresenta novo parecer da receita com arrecadação menor e sem CPMF


 
O relator da receita da proposta orçamentária de 2016 (PLN 7/15), senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apresentou nesta quinta-feira (26) uma nova versão do seu parecer, a ser colocado em votação na Comissão Mista de Orçamento (CMO). Os números apresentados hoje são inferiores à primeira versão do parecer, divulgada no início do mês, quando Gurgacz elevou a receita primária líquida, aquela que fica com a União, em R$ 31,4 bilhões.Acir Gurgacz apresenta novo parecer da receita com arrecadação menor e sem CPMF - Gente de Opinião

O senador afirma no novo texto que fez “uma consideração realista das perspectivas de arrecadação”. A redução entre os dois relatórios deve-se a dois fatores. Primeiro, o senador acolheu integralmente os parâmetros econômicos enviados pelo governo na sexta-feira (20), que preveem queda do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento da inflação oficial (IPCA) para o próximo ano, entre outros dados. Variáveis como o crescimento da economia, índice de preços, câmbio e juros afetam o recolhimento de tributos.

Além disso, o relator levou em consideração uma nova estimativa de arrecadação do Executivo para este ano, com impacto negativo sobre as projeções de 2016. A revisão de parâmetros e da base de projeção resultaram em perda líquida de R$ 14,8 bilhões.

O parecer divulgado hoje aposta em uma redução geral da arrecadação com impostos e contribuições (incluindo as previdenciárias) da ordem de R$ 5,2 bilhões, e um aumento de receitas com concessões (R$ 12,5 bilhões), operações com ativos (R$ 3,6 bilhões) e dividendos (R$ 2,3 bilhões), que somam 18,4 bilhões.

CPMF E IMÓVEIS - Como já havia antecipado no início desta semana, Gurgacz não incluiu nas receitas do próximo ano a CPMF, cuja proposta de recriação (PEC 140/15) tramita na Câmara ainda sem prazo para votação. O governo defendeu, por meio de uma mensagem modificativa enviada à Comissão de Orçamento, a inclusão de pouco mais de R$ 24 bilhões de receita com o tributo. Segundo o relator, a proposta da CPMF “enfrenta obstáculos de toda a ordem à sua tempestiva aprovação no Congresso”.

O senador também excluiu do texto uma receita extra de R$ 10 bilhões, existente no primeiro parecer, que viria da venda de imóveis da União, parte deles localizados na Amazônia Legal. A retirada deveu-se à rejeição de uma emenda à Medida Provisória 691/15, que viabilizaria a venda em 2016.

SUPERAVIT – Os valores acolhidos pelo senador no novo parecer tornam mais difícil a situação do governo, que quer aprovar a proposta orçamentária com superavit primário. Para que isso aconteça, é necessário um esforço fiscal de R$ 64,9 bilhões, número que é resultado da soma do superavit do próximo ano (R$ 34,4 bilhões), previsto no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – PLN 1/15), acrescido do valor necessário para tirar a peça orçamentária do vermelho (R$ 30,5 bilhões).

Para chegar aos R$ 64,9 bilhões, o Planalto anunciou um corte de despesa que, após algumas correções, ficou em R$ 24,8 bilhões. O restante (R$ 40,1 bilhões) viria do acréscimo da arrecadação federal em 2016, principalmente da CPMF. Como o senador Acir Gurgacz está ‘entregando’ apenas R$ 13,2 bilhões, a proposta orçamentária, neste momento, apresenta um deficit de R$ 26,9 bilhões.

VOTAÇÃO – O senador Acir Gurgacz esperava votar o relatório ainda hoje, mas uma proposta do PMDB para acrescentar R$ 9 bilhões ao parecer, recursos que iriam para o orçamento da saúde, não obteve consenso no colegiado, adiando a deliberação. O PMDB reivindica que o senador amplie de R$ 11,1 bilhões para R$ 20,1 bilhões a previsão de arrecadação com a repatriação de ativos no exterior em 2016. O projeto que autoriza a repatriação foi aprovado na Câmara e está em análise no Senado.

O deputado João Arruda (PMDB-PR), que é o relator setorial da saúde na proposta orçamentária, defende que o orçamento da área precisa de mais recursos para atender a despesas discricionárias (não obrigatórias) com programas como o Média e Alta Complexidade (que financia a internação ambulatorial e hospitalar no Sistema Único de Saúde) e o Farmácia Popular

Gurgacz ponderou, porém, que o numero apresentado pelo PMDB não tem respaldo técnico. “Não vejo como de onde vem essa receita. Temos de fazer um relatório real”, comentou. Ele apontou que só aceitará incluir os R$ 9 bilhões se houver unanimidade dos líderes na Comissão de Orçamento e a concordância do relator-geral da proposta orçamentária.

A presidente da Comissão de Orçamento, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), agendou a votação do parecer de Gurgacz para a próxima terça-feira, 1º de dezembro.

Fonte: Guarin

 

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