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Política - Nacional

Abrace critica aumento e forma de reajuste de preços do gás natural pela Petrobras


Ramona Ordoñez, Agência O Globo A Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) informou estar indignada com o anúncio feito pela Petrobras de aumento de até 20% no preço do gás natural nacional. Segundo a associação, a falta de explicações por parte da estatal cria um ambiente de incerteza, que "baseado na arbitrariedade, deixa atônitos os consumidores industriais, para os quais o gás é um insumo vital para a competitividade de seus negócios". Para a Abrace, um aumento tão elevado e realizado de maneira abrupta é inaceitável, inviabiliza negócios, impacta negativamente nos investimentos e representa, indubitavelmente, um retrocesso na trajetória nacional em busca do tão almejado crescimento. - m caminho perigoso, irreversível e que conduz à perda da competitividade da indústria nacional num cenário de competição global, indica a associação. A Abrace continua em sua nota: "A surpresa é potencializada se olharmos para trás de maneira criteriosa. Em 2002, quando a precificação do gás tornou-se livre, e não mais atrelada a uma cesta de combustíveis, como previa a Portaria 3 do MME (Ministério de Minas e Energia), a Petrobras, então com autonomia legitimada para estipular os preços, manteve controlado o preço da commodity ao longo de alguns anos. Essa ação estimulou a indústria, que entendeu o sinal inequívoco de que o gás estaria disponível e com suprimento seguro, e, conseqüentemente, a custos competitivos". Essa nova realidade catalisou o processo de substituição do óleo pelo gás -- menos poluente e mais barato --, que começara alguns anos antes, quando a estatal já acenava para os benefícios, as potencialidades e as vantagens do gás nos mais diversos aspectos. O sinal da Petrobras resultou, na época, num preço final do gás para os consumidores industriais atraente o suficiente para justificar os investimentos na transformação de suas matrizes energéticas. ` No entanto, o teste das termelétricas, realizado no final do ano passado, referendou que a Petrobras não executou um plano de expansão de oferta do insumo, o que resultou no decréscimo do lastro termoelétrico. Desde então, o setor ficou alerta, ciente de que o discurso de anos atrás não condizia mais com a realidade atual. Todavia, não poderia supor uma medida como a anunciada esta semana, sobretudo no momento atual, inadequado, tendo em vista a delicada situação da indústria, com o aumento de custos operacionais pelo crescimento dos preços de outras fontes energéticas, notadamente a eletricidade. É com esse cenário de fundo nada animador que os agentes explicitam total descontentamento e preocupação com a ação da estatal. Afinal, para remediar a lacuna da oferta, a Petrobras delibera por aumentar o preço do gás como forma clara de reprimir a demanda, desencadeando uma série de efeitos sistêmicos perversos para o País. Um mercado livre para estipular preços só pode funcionar plenamente quando há concorrência. Mas esse não é o caso, já que se tem um monopólio de fato. Dona absoluta da situação e sem qualquer competidor no retrovisor, agir unilateralmente é quase inevitável. Quase. Afinal, como empresa de controle do Estado brasileiro, a Petrobras deveria honrar sua tradição de ser vetor do desenvolvimento do País. Ao entender que é preciso praticar preços internacionais dos combustíveis líquidos e do gás natural, onerando as indústrias aqui instaladas, a Petrobras vai contra sua trajetória histórica. E marca um gol contra o País".

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