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Política - Nacional

'A saída da Marina foi um verdadeiro tsunami para o PT', afirma Flaviano


 
O presidente regional do PMDB, deputado federal Flaviano Melo, comparou a saída da senadora Marina Silva do PT a um tsunami. Para o parlamentar, a decisão da ex-ministra do meio ambiente, prejudica os planos do presidente Lula, da Frente Popular do Acre (FPA) e da direção nacional do Partido dos Trabalhadores. A afirmação foi feita durante entrevista ao jornalista Alan Rick, apresentador do programa Gazeta Entrevista, nesta quinta-feira, 27. 

Para Flaviano Melo o cenário político mudará muito com a proximidade das eleições e dificilmente Marina Silva terá apoio da FPA se confirmar sua candidatura à Presidência da República.

"Dificilmente um candidato ao Governo do Estado apoiará dois ou três candidatos à Presidência da República. É normal um candidato à presidente apoiar dois ao Governo", ironizou o parlamentar, criticando a postura de algumas lideranças da FPA.

Flaviano Melo também faz uma análise da crise do Senado, destacando que o presidente Lula está alimentando uma briga política, para evitar que a oposição assuma a presidência da Casa.

Otimista com a aceitação popular de Rodrigo Pinto, pré-candidato do partido ao Governo do Estado, Flaviano Melo afirma que o PMDB está forte e preparado para as eleições de 2010.

Comemorando o crescimento do PMDB em todo Estado, Flaviano Melo critica o investimento de R$ 6,9 milhões para aquisição de um helicóptero, que segundo ele, não seria uma prioridade para um governador de seu partido.

"Será que se o Jorge Viana estivesse trabalhando numa empresa do ramo da engenharia florestal, o governador teria comprado esse helicóptero? Essa não seria uma prioridade do PMDB. Com esses recursos poderíamos comprar viaturas para reforçar a Segurança em todo Estado", contestou.

 
Saída de Marina Silva do PT

Para o deputado Flaviano Melo, a filiação de Marina Silva ao Partido Verde, aliada a uma possível candidatura à Presidência da República, desestruturou o PT nacional, o Governo Lula e a Frente Popular do Acre (FPA). O parlamentar acreano afirma que muitas mudanças devem acontecer no cenário político com a proximidade das eleições.

Citando vários acontecimentos na política nacional que aconteceram após a saída de Marina Silva do PT, o deputado fez questão de ressaltar que a senadora tem carisma, é respeitada não apenas no Acre como no restante do país e conhecida mundialmente por sua luta em defesa do meio ambiente.

"A Marina saiu do Governo Lula porque não estavam pensando igual. Aqui no Acre a Florestania é coisa do Governo, um jogo de marketing. A Marina Silva é uma ecologista. Temos duas coisas diferentes. Ela deu continuidade a uma luta do Chico Mendes e algo que inicie aqui quando criei o primeiro Plano Ambiental do Estado", explicou.

Flaviano Melo lembrou que Marina Silva está iniciando um novo projeto e que os trabalhos ainda estão apenas começando. Utilizando metáforas, o parlamentar lembrou que dificilmente a FPA terá condições de apoiar Dilma Rousseff, Ciro Gomes e Marina Silva.

"É muito difícil uma aliança de um Estado apoiar três candidatos à Presidência da República. Claro que um candidato a presidente tem facilidades para apoiar três ao Governo. Mas essa primeira possibilidade é praticamente impossível. Teremos mudanças no ano que vem. Marina Silva não será candidata apenas nos outros estados. Dificilmente a ministra Dilma e o PT vão aceitar que a Frente Popular faça campanha pra ela aqui", destacou.


Compra do helicóptero

Analisando a realidade da Segurança Pública e da Saúde no Acre, Flaviano Melo afirmou que os R$ 6,9 milhões utilizados pelo Governo do Estado para aquisição do helicóptero, poderiam ser utilizados na aquisição de viaturas e outros equipamentos. Para ele, a compra da aeronave não é uma prioridade para garantir melhorias para a população.

"Um helicóptero não é uma necessidade urgente. Visitando os municípios do interior vamos perceber que faltam viaturas, armas e outros equipamentos para combater a criminalidade. Na Saúde também temos outras necessidades. Mas se o governador tem essa prioridade tudo bem. Na administração do PMDB essa aeronave não seria prioridade", ironizou.

Flaviano Melo disse ainda que os próprios policiais que atuam no interior lamentam a falta de condições para trabalhar. Apimentando a disputa política e criticando a compra do helicóptero, o deputado disse que para se chegar às comunidades mais isoladas do Estado "é preciso barcos e não helicóptero".

"Será que se o Jorge Viana trabalhasse em uma empresa de engenharia florestal, o Binho teria comprado esse helicóptero? Mas tudo é questão de prioridade. Em nosso Governo isso não aconteceria", afirmou.


Crise no Senado
 

Sobre a crise no Senado e as várias denúncias de irregularidades feitas contra o presidente da Casa, senador José Sarney (PMDB-AP), o deputado Flaviano Melo disse que "se trata de uma disputa política, alimentada pelo presidente Lula".

Flaviano Melo que já foi senador e ocupou cargo na Mesa Diretora da Casa, lembrou que José Sarney, é um político respeitado e que deu uma grande contribuição para o processo democrático do Brasil.

"Quem fica muito tempo no poder começa a fazer coisas erradas e pode até cometer erros graves. Mas essa crise no Senado é na verdade uma briga política. O presidente Lula teme que a oposição chegue à presidência da Casa, o que atrapalharia seus planos", explicou.

Ele ainda lembrou que a situação pode ficar ainda mais complicada com as discussões da reforma política. Para Flaviano Melo, alguns parlamentares estão mais envolvidos na defesa de projetos pessoais ou de grupos.


Eleições 2010
 

"Nós temos um candidato jovem, ousado e filho de um governador que foi assassinado. Fiquei surpreso com a aceitação do Rodrigo Pinto no interior do Estado. As pessoas querem conhecer que é o filho do Edmundo Pinto". Com essa afirmação, Flaviano Melo revelou que o PMDB está motivado, fortalecido e organizado para as eleições de 2010.

O deputado revelou que o partido está montado uma chapa forte e com pessoas capacitadas para a disputa. A intenção é apresentar nomes para a Assembleia, Câmara Federal, Senado e Governo do Estado.

"Ainda estamos em busca de novas lideranças, mas o PMDB está bem organizado em todos os municípios. Temos pessoas capacitadas, preparadas e comprometidas com o nosso povo. Não tenho dúvida que teremos um excelente desempenho nas urnas", comemorou.

Sobre a disputa para o Senado, Flaviano Melo disse que o PMDB vai apresentar os nomes do ex-deputado federal João Correia e do senador Geraldinho Mesquita para a disputa.

"Mas ainda não temos nada definido. Vamos conversar com outros partidos para possíveis alianças e depois definir os nomes", concluiu. 

Fonte: www.oaltoacre.com 

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