Segunda-feira, 2 de agosto de 2010 - 06h36
Desde a última quinta-feira (29), começaram a ser convocados 13 presidiários que estão em regime aberto ou semiaberto para trabalharem na obra do novo Estádio José Fragelli, o Verdão, visando à Copa do Mundo de 2014.
A convocação é parte de um projeto firmado entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ministério do Esporte, Comitê Organizador Brasileiro da Copa, governadores e prefeitos de todas as sedes do Mundial.
O projeto prevê que toda mão-de-obra necessária para realizar as obras nas capitais onde o evento ocorrerá tenham em sua equipe 5% de presidiários. A iniciativa partiu do Conselho Nacional de Segurança, que, em 2008, começou o projeto "Começar de Novo", em que prega a ressocialização e reinserção de ex-presidiários no mercado de trabalho.
Mato Grosso, segundo o diretor de Infraestrutura da Agecopa, Carlos Brito, deu o pontapé inicial para começar o processo de inserção, porém, encontrou entraves jurídicos e perdeu o posto para Brasília, que começou, na quarta-feira (28), a inserir presidiários na reforma do estádio Mané Garrincha.
"Começamos o trabalho ainda no ano passado, mas dependemos do Judiciário para autorizar que os detentos possam trabalhar e essa autorização saiu somente nesta semana", disse, em entrevista ao MidiaNews, na sexta-feira (30).
Para realizar o projeto no Estado, a Agecopa firmou uma parceria com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp e com a Fundação Nova Chance, responsável pela escolha dos detentos.
Inclusão social
Além de reinserção no mercado, Carlos Brito afirmou que o projeto é positivo porque vai ao encontro das normas da Fifa, que estabelecem redução na violência e criminalidade.
"Eu já fui secretário de Segurança Pública e acredito no trabalho como melhor forma de recuperação. A ociosidade leva novamente ao crime e o que a Copa quer é deixar o legado da redução da reincidência em Mato Grosso e, como conseqüência, da violência", observou. Atualmente, o índice de detentos que voltam ao crime no país está em 86%.
No projeto firmado para a Copa, os presos que trabalharão em obras focadas no Mundial terão como benefício um salário mínimo, auxílio-transporte e alimentação. Além disso, a cada três dias trabalhados, um dia da pena total do detento será reduzido. Os benefícios estão amparados na Lei de Execuções Penais.
O diretor de Infraestrutura da Agecopa ainda lembrou que os 13 detentos a serem chamados são parte de um primeiro passo. "Começamos as obras no Verdão com 60 trabalhadores; hoje são 170 e, até o fim das obras, prevemos mil trabalhadores. Então, imagine ao final das obras, colocando sempre proporcionalmente 5% de presidiários, quantos não terão sido inseridos no mercado de trabalho", observou.
Fonte: Midia News / ISA SOUSA
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