Terça-feira, 17 de maio de 2011 - 05h21
Carolina Pimentel
Agência Brasil
Brasília – A Operação Saúde, deflagrada ontem (16) pela Polícia Federal, prendeu em seis estados 58 pessoas suspeitas de desvio de recursos públicos destinados à compra de medicamentos. Entre os presos, 12 são secretários municipais.
Foram detidos 30 funcionários públicos municipais e três estão foragidos. Três pessoas ligadas às empresas investigadas também estão sendo procuradas. As prisões ocorreram no Rio Grande do Sul, em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e Rondônia, de acordo com balanço divulgado pela PF em Passo Fundo (RS).
Três grupos foram desarticulados no município gaúcho de Barão do Cotegipe. Segundo a PF, o esquema criminoso funcionava com fraudes em licitações públicas, desvio de verbas para a compra de remédios e entrega parcial dos produtos comprados. Os recursos obtidos com as fraudes eram divididos entre os servidores públicos e as empresas.
Os envolvidos podem ser indiciados pelos crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. Em caso de condenação, eles podem pegar até 45 anos de prisão.
A operação policial foi feita em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), envolvendo 282 policiais federais e 18 auditores. A Justiça Federal em Erechim (RS) expediu 64 mandados de prisões temporárias e 70 de busca e apreensão. As investigações começaram em 2009.
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