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Polícia Militar presta homenagens a Tiradentes


A Polícia Militar do Estado de Rondônia promove nesta sexta-feira, 20 de abril no pátio de formaturas do Quartel do Comando Geral na avenida Tiradentes, 3360, em Porto Velho, com início às 8 horas, solenidade alusiva ao patrono das polícias militares brasileiras, Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes. O evento contará com a presença do governador do Estado, Confucio Moura.

Informou o coronel PM Cesar, Comandante Geral da Corporação que da homenagem consta a promoção a policiais militares, prestação do compromisso ao primeiro posto, condecoração de policiais militares e outorga do Diploma Amigo da PM a pessoas e entidades que tenham contribuído com os trabalhos da Polícia Militar do Estado de Rondonia.

Tiradentes

Joaquim José da Silva Xavier nasceu em 1746, na Fazenda do Pombal, próxima ao arraial de Santa Rita do Rio Abaixo, entre a Vila de São José, hoje Tiradentes, e São João Del-Rei. Era filho do português Domingos da Silva Santos, proprietário rural, e da brasileira Antônia da Encarnação Xavier. Joaquim José era o quarto dos sete irmãos. Órfão aos 11 anos, não fez estudos regulares e ficou sob a tutela de um padrinho, que era cirurgião. Empreendedor e exerceu várias profissões, entre as quais a de mascate e minerador. Tornou-se sócio de uma botica de assistência à pobreza na ponte do Rosário, em Vila Rica, e se dedicou também às práticas farmacêuticas. O exercício da profissão de dentista valeu-lhe o cognome Tiradentes, usado depreciativamente nos autos da devassa e popularizado desde então.

Tiradentes tornou-se técnico em reconhecimento de terrenos e na exploração dos seus recursos, com os conhecimentos que adquirira no trabalho de mineração. Os governadores o enviavam, por esses dotes, em reconhecimento e levantamento do sertão. Joaquim José alistou-se na tropa da capitania de Minas Gerais e, em l 781, a rainha Maria I nomeou-o comandante da patrulha do Caminho Novo, estrada que condizia ao Rio de Janeiro. No exercício da função de garantir o ouro e os diamantes extraídos da capitania, fez amizades nas vendas e estalagens do caminho. Nesse período, começou a criticar a espoliação do Brasil pela metrópole, que ficava evidente quando se confrontava o volume de riquezas tomadas pelos portugueses e a pobreza em que o povo permanecia.

Apesar do bom desempenho nas missões oficiais de responsabilidade que lhe foram confiadas, Tiradentes era sempre preterido nas promoções e só atingiu o posto de alferes. Insatisfeito com essa situação, Joaquim José pediu licença da cavalaria em 1787. Deu início então, sem sucesso, a projetos de vulto como a canalização dos rios Andaraí e Maracanã para melhoria do abastecimento de água do Rio de Janeiro. Enquanto aguardava o deferimento dos pedidos que fizera para as obras, permaneceu por volta de um ano na capital.

Ao mesmo tempo em que procurava levar à frente seus desígnios particulares, Joaquim José já pregava a liberdade para a colônia. Em 1788 ligou-se ao filho do capitão-mor de Vila Rica, José Álvares Maciel, que chegara recentemente da Europa e comparava o progresso industrial na Inglaterra com a situação da colônia. De volta a Minas Gerais, Joaquim José fez propaganda em Vila Rica e arredores a favor da independência do Brasil. Organizou um movimento aliado aos integrantes do clero e pessoas de certa projeção social, como Cláudio Manuel da Costa, antigo secretário de governo, Tomás António Gonzaga, ex-ouvidor da Comarca e Inácio José de Alvarenga Peixoto, minerador.

O recente movimento de independência das colônias americanas e a formação dos Estados Unidos, cujo modelo era conhecido e atraía a simpatia de parte da elite brasileira, inspirou a conspiração em Vila Rica e em outros pontos de Minas Gerais, bem como no Rio de Janeiro. Fatores regionais e econômicos contribuíram também para a articulação da conspiração de Minas Gerais, pois na capitania começara a declinar a mineração do ouro.

Tiradentes, no entanto, partira para o Rio de Janeiro para promover maiores articulações. Avisado de que estava sendo seguido por granadeiros disfarçados, escondeu-se na casa de um amigo e planejou a fuga para Minas Gerais. Não suspeitava de Joaquim Silvério dos Reis, que o seguira ao Rio de Janeiro a mando de Barbacena, e pediu ao padre Inácio Nogueira que fosse ter com o traidor. Joaquim Silvério entregou o padre e, em 10 de maio de 1789, Tiradentes foi preso.

Durante o processo, que se arrastou por três anos, Tiradentes assumiu inteira responsabilidade pela conjuração. Foi o único que não mereceu clemência da Rainha dona Maria I: condenado à morte junto com dez de seus companheiros, estes tiveram a pena comutada por favor real.

Na manhã de 21 de abril de 1792, um sábado, Tiradentes percorreu em procissão as ruas engalanadas do centro da cidade do Rio de Janeiro, no trajeto entre a cadeia pública e o largo da Lampadosa, atual praça Tiradentes, onde fora armado o patíbulo. Executado, esquartejaram-lhe o corpo. Com seu sangue lavrou-se a certidão de que estava cumprida a sentença, e foi declarada infame sua memória. A cabeça do herói foi exposta no alto de um poste em Vila Rica; os restos mortais foram distribuídos ao longo do Caminho Novo — Cebolas, Varginha do Lourenço, Barbacena e Queluz (antiga Carijós) —, lugares onde fizera as suas prédicas pela liberdade.

Fonte: Lenilson Guedes

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