Terça-feira, 30 de outubro de 2007 - 23h19
Amanda Mota
Agência Brasil
A Polícia Federal anunciou hoje (30) em Porto Velho, Rondônia, a prisão de 22 garimpeiros, além da apreensão de armas, munição, ouro, mercúrio e de 34 balsas e dragas usadas na extração do minério no Rio Madeira. A ação é fruto da Operação Iara, deflagrada ontem (29) com o objetivo de conter a exploração ilegal de ouro na região.
Segundo o superintendente regional em exercício da Polícia Federal em Rondônia, Marcelo Rezende, a operação foi realizada inicialmente em duas localidades diferentes: a primeira, a cerca de 25 quilômetros de Porto Velho, seguindo o rio Madeira, e a segunda, a aproximadamente 180 quilômetros da capital, numa localidade conhecida como Mutum-Paraná. Ele informou que as investigações começaram há 30 dias, com o mapeamento dos trechos onde se extraía ilegalmente ouro.
"Nos dois pontos da operação, havia equipes de abordagem em pequenas embarcações, mas com apoio em terra, para chegar até as balsas e barcos. Com isso, conseguiram fazer o flagrante dos responsáveis e também de pessoas que estavam cometendo outros tipos de crime, como porte ilegal de armas. As balsas foram rebocadas para as margens dos rios, onde foram apreendidos os bens", contou Rezende.
De acordo com Rezende, uma decisão judicial expedida no Amazonas ordenou a retirada de embarcações de toda extensão do Rio Madeira. Os policiais iniciaram as investigações depois de suspeitas levantadas pela grande concentração de barcos na região. Rezende explicou que a medida judical do Amazonas não era específica para as áreas de garimpo, mas contribuiu para as investigações no local. De acordo com a Polícia Federal, a rota do ouro extraído ilegalmente começava em Rondônia e ia até a Bolívia.
A Operação Iara continua por tempo indeterminado com o patrulhamento em outros trechos do rio. Dados da Polícia Federal revelam que centenas de embarcações estão operando irregularmente ao longo do Madeira. Outro problema detectado é a utilização de mercúrio para separar o ouro de outras substâncias existentes no fundo dos rios. Os policiais informam que a substância deixada nas águas prejudica o meio ambiente e pode levar à morte peixes e plantas.
"Para separar o ouro puro de outras substâncias encontradas no rio, os garimpeiros utilizam o mercúrio numa reação química que deixa conseqüências ao meio ambiente, contaminando rios, peixes e plantas. O pior é que o efeito é acumulativo. Os animais se alimentam desses peixes, animais maiores também comem esses peixes, e nós, seres humanos, no topo dessa cadeia alimentar, também acabamos nos alimentando de todos eles e nos prejudicando", ressaltou Rezende.
De acordo com a Superintendência da PF em Rondônia, participam da Operação Iara 69 policiais, sendo 29 de Rondônia e 40 de outros estados. Dos 22 presos, 20 pagaram fiança e foram liberados. Ainda assim, segundo a Superintendência não está descartada a possibilidade de mais prisões.
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