Sexta-feira, 19 de dezembro de 2025 - 14h05

O Ministério Público
de Rondônia (MPRO) obteve decisão judicial que reconhece o direito da
instituição de requisitar diretamente prontuários médicos às unidades de saúde
estaduais, quando a medida for necessária para instruir investigações
criminais. A sentença foi proferida pela 2ª Vara de Fazenda e Saúde Pública de
Porto Velho e julgou procedente ação proposta pelo MPRO.
A decisão declarou
ilegal a orientação administrativa da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que
condicionava o fornecimento de prontuários médicos à apresentação de ordem judicial.
Para o Judiciário, a exigência imposta pelo Estado restringia indevidamente as
atribuições constitucionais do Ministério Público.
Ao analisar o caso, o juiz considerou que o acesso a prontuários médicos pelo
MPRO, quando vinculado a procedimentos investigatórios formais, não configura
quebra de sigilo, mas transferência de sigilo entre órgãos públicos igualmente
obrigados a preservar a confidencialidade das informações.
A sentença destacou que a Constituição Federal e as leis orgânicas do Ministério
Público asseguram o poder requisitório da instituição, inclusive para
documentos sigilosos, desde que o uso seja legítimo e fundamentado. O
magistrado também ressaltou que a Lei Geral de Proteção de Dados não se aplica
às atividades de investigação penal.
Determinações
Com a decisão, o Estado de Rondônia deverá orientar todas as unidades de saúde
estaduais a atenderem às requisições do MPRO para acesso a prontuários médicos,
sem exigir autorização judicial prévia. A Sesau terá prazo de 15 dias para atualizar
suas orientações internas e comunicar oficialmente os órgãos da rede estadual
de saúde. O descumprimento da decisão pode resultar em sanções previstas em
lei, incluindo responsabilização administrativa.
Direito protegido
A decisão reforça o direito da sociedade à efetiva investigação penal. O MPRO
atua para assegurar que crimes sejam apurados de forma eficiente, respeitando o
sigilo das informações e garantindo a proteção de vítimas e da coletividade.
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