O Ministério Público de Rondônia (MPRO)
conseguiu a condenação de um homem a 66 anos de prisão por feminicídio e
homicídio qualificado, nesta quinta-feira (16/10). A sentença foi
proferida pelo 1º Tribunal do Júri da Comarca
de Porto Velho. O caso foi o primeiro julgado na capital após a mudança
na lei que transformou o feminicídio em um crime próprio. A atuação do
MPRO foi conduzida pelo promotor de Justiça Antônio Carlos de Siqueira
Júnior.
Antes, o feminicídio era tratado como uma
qualificadora do crime de homicídio. Agora, com a nova lei, ele passou a
ser um crime separado. Isso significa que tanto a pena pode ser maior,
quanto outros efeitos advindos da condenação
podem ser mais gravosos. O caso envolveu duas vítimas: uma jovem de 19
anos, morta por asfixia, e o primo da vítima, morto a facadas horas
depois. As mortes aconteceram em fevereiro de 2025.
Provas e atuação do MPRO
Durante o julgamento, o MPRO apresentou
provas técnicas e testemunhos que mostraram que as vítimas não tiveram
chance de se defender. O promotor destacou a forma cruel como os crimes
foram cometidos. O corpo de jurados reconheceu
a gravidade dos atos e o Poder Judiciário, pelo Juiz de Direito que
presidiu a sessão aplicou penas de 50 anos pelo feminicídio e 16 anos
pelo homicídio.
Compromisso com a sociedade
Com essa atuação, o MPRO reafirma seu
compromisso com a defesa da vida e com o combate à violência contra a
mulher. A instituição busca justiça e punição para quem comete crimes
graves. O resultado do julgamento mostra que o
trabalho conjunto entre promotores, peritos e testemunhas pode levar à
responsabilização dos agressores.

Sexta-feira, 17 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)