Segunda-feira, 17 de dezembro de 2012 - 21h16
Luciano Nascimento
Agência Brasil
Brasília - Os governos do Brasil e Bolívia apresentaram hoje (17) um conjunto de ações para combater o narcotráfico. As iniciativas dizem respeito a cooperação entre os dois países voltadas para o desenvolvimento de operações conjuntas de inteligência, monitoramento de fronteiras, formação policial e combate à lavagem de dinheiro.
Acompanhado do ministro de Governo da Bolívia, Carlos Romero, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo disse que há um interesse comum entre Brasil e Bolívia de fiscalizar as fronteiras dos dois países e de ações de enfrentamento da narcotráfico.
“Há uma compreensão comum dos dois países sobre a importância de aumentar a fiscalização nas fronteiras, de trocar informações na área de inteligência e de coordenar as ações policiais na região”, diz Cardozo.
O anúncio foi feito após Romero conhecer a estrutura da Polícia Federal e do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta). “É importante para o nosso país [conhecer] a tecnologia e os instrumentos de perícia do Brasil. Projetamos ações de apoio técnico e de monitoramento do espaço aéreo, sobretudo porque temos zonas vulneráveis a voos irregulares procedentes do Peru e que se dirigem ao Brasil, através da Bolívia”, disse Romero, referindo-se a utilização de veículos aéreos não tripulados (Vant) brasileiros no monitoramento de regiões do espaço aéreo boliviano.
O Vant é controlado por uma equipe em terra e é equipado com potentes câmeras que são capazes de fotografar e filmar ações humanas, inclusive detectar pessoas no escuro. O objetivo é que os veículos aéreos não tripulados da Polícia Federal possam sobrevoar o território boliviano fornecendo imagens para se fazer o enfrentamento do crime organizado na própria Bolívia.
Além do monitoramento do espaço aéreo boliviano, os ministros anunciaram cooperação técnica na área pericial. De acordo com Cardozo, a proposta é apoiar a atividade pericial na Bolívia, para identificar a origem das plantas usadas para produzir cocaína e combater o narcotráfico na sua origem.
“O Brasil tem laboratórios e uma tecnologia na área pericial bastante desenvolvida. O governo boliviano tem bastante interesse que os seus peritos possam ter essa capacitação para que possamos identificar a origem da droga na Bolívia,” disse Romero.
Os dois países também irão cooperar no combate à lavagem de dinheiro e no confisco dos bens das organizações criminosas em favor do Estado, tema atualmente em discussão na Bolívia. “Decidimos estreitar relações na questão da legislação. Muitos pontos da legislação brasileira podem ser adotadas por outros países. Assim como também podemos adotar boas práticas desenvolvidas por estes países e em outros lugares do mundo,” disse Cardozo.
As ações fazem parte de um acordo de cooperação firmado entre Brasil, Bolívia e Peru, no final de novembro, na capital do Peru, Lima. Na ocasião foi decida a criação de um grupo de trabalho para debater o monitoramento das fronteiras dos três países. O Brasil possui quase 6,5 mil quilômetros (km) de fronteiras com os dois países. São 3.462 km com a Bolívia e 2.995 km com o Peru.
“Este grupo de trabalho tem um prazo de 60 dias para concluir os seus estudos. Vamos propor uma reunião em La Paz para aprofundar este trabalho em relação ao controle de fronteiras,” disse Cardozo, que anunciou um seminário sobre a temática, em janeiro.
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