Quinta-feira, 13 de dezembro de 2018 - 10h15
Estudo
apresentado na 24ª Conferência das Partes (COP-24)
da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima mostra que o Brasil pode
até 2060 “descarbonizar” sua economia – isto é, zerar suas emissões líquidas de
gases efeito estufa. Segundo a pesquisa, o país deve focar na drástica redução
das emissões relacionadas às mudanças de uso da terra.
Realizado pelo Fórum Brasileiro de
Mudança do Clima (FBMC), o estudo “Brasil Carbono Zero em
2060” foi apresentado na terça-feira (11) durante
a COP-24, em Katowice, na Polônia. A pesquisa foi coordenada por Emílio La
Rovere, do Centro do Clima do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e
Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ).
O relatório indica que para descarbonizar sua economia e
contribuir para a contenção do aquecimento global, o Brasil precisará priorizar
o combate ao desmatamento ilegal, o reflorestamento de áreas degradadas pelo
pasto, a agricultura de baixo carbono e a redução drástica da queima de
combustíveis fósseis, especialmente no setor dos transportes.
Segundo o secretário-executivo do FBMC, Alfredo Sirkis, o
relatório foi desenvolvido a pedido do Governo Federal em agosto de 2018,
quando o Fórum apresentou sua proposta para a implementação da Contribuição
Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil para o Acordo de Paris. Na ocasião, o
presidente Michel Temer (PMDB) solicitou uma avaliação do que seria necessário
para o Brasil zerar suas emissões líquidas até 2060.
“A estratégia proposta para 2060 não só permite ao Brasil
cumprir sua parte em relação à contenção das mudanças climáticas em um nível
não-catastrófico como sugere oportunidades econômicas importantes na medida em
que nosso país está singularmente bem posicionado para enfrentar, com vantagens
competitivas, o desafio da descarbonização das economias no âmbito global”,
escreveu Sirkis na apresentação do relatório.
De acordo com as estimativas realizadas pelos pesquisadores,
a descarbonização da economia em 2060 deverá se basear na redução drástica das
emissões de mudanças de uso da terra – associadas especialmente ao desmatamento
florestal –, que passariam a ser negativas já em 2030. Para isso, será preciso
reduzir esse tipo de emissão em 153% até 2060, em relação aos níveis
registrados em 2005.
“Nesse período, as emissões se reduzem em 26% no setor de
transportes e aumentam 50% no setor de indústria, 17% no setor de oferta de
energia, 10% no setor de resíduos e 9% no setor de Agricultura. Nos demais
setores – Residencial, Comercial e Agrícola, as emissões crescem 13%”, diz o
estudo.
OPORTUNIDADE PARA O BRASIL
O relatório destaca que o enorme potencial de recursos
naturais renováveis do Brasil transformam a transição para uma economia de
baixo de carbono em uma oportunidade, permitindo ao mesmo tempo que o país
contribua com o esforço mundial para alcançar os objetivos de longo prazo do
Acordo de Paris.
“Uma estratégia de desenvolvimento do Brasil no longo prazo
compatível com a limitação do aumento da temperatura global a 1,5ºC não
implicaria necessariamente consequências econômicas e sociais
significativamente negativas para o país, se implantada através de políticas
públicas apropriadas”, diz o texto.
A pesquisa aponta que os impactos macroeconômicos e sociais
da descarbonização dependem não só dos custos das opções de mitigação, mas
também dos instrumentos econômicos, financeiros e de comando e controle usados
para viabilizar sua adoção.
“Para viabilizar o ambicioso cenário aqui desenhado, é
crucial adotar uma precificação das emissões de gases de efeito estufa,
sinalizando para os agentes econômicos o valor da redução de suas emissões,
através de uma taxa de carbono, ou de outros instrumentos, como um mercado de
cotas comercializáveis de emissões, e condições favorecidas de crédito para os
projetos de mitigação”, conclui o relatório.
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