Quarta-feira, 16 de junho de 2021 - 11h27
Semana passada, numa espécie de patuscada entre
o presidente da Argentina e o premier da Espanha, Pedro Sánchez, foi dita uma
frase, deturpada do escritor mexicano Octavio Paes, na tentativa de querer
aparecer e humilhar os demais habitantes da América Latina: - “os mexicanos
vieram dos índios, os brasileiros da selva, mas nós, os argentinos, chegamos em
barcos. Eram barcos que vinham da Europa”. Patuscada é um jogo de cartas cujo objetivo é
ser canalha, impiedoso, cretino e desagradável
Na verdade, a frase do escritor mexicano diz: -
os mexicanos descendem dos astecas, os peruanos dos incas e os argentinos dos
barcos. Em ambas as situações, nega-se a existência de indígenas argentinos,
jogando pra baixo do tapete do esquecimento, a estúpida e genocida exploração
europeia. Por outro lado, o presidente argentino demonstra nitidamente querer divulgar
ao mundo a europeização da Argentina, em detrimento dos demais países
latino-americanos.
Faltou dizer: − os brasileiros vieram em navios negreiros,
só não disse porque o bom senso mundial está a favor dos negros, não aconselhando
declarações racistas de quem quer que seja. Em partidas de futebol, realizadas
em campos argentinos, jogadores brasileiros costumam ouvir sons humilhantes de
macacos, eles não se conformam: só o Brasil é penta. Esquecem a vitória
das diferenças: Pelé é negro, mas é o atleta do século; Maradona era um
autêntico e vitorioso indígena, infelizmente, europeizado pela máfia napolitana.
A História nos ensina que ainda no século XVI foi
iniciada a exploração da prata na Argentina. No século XVII, os
espanhóis passaram a utilizar a mão de obra indígena para a exploração das riquezas.
Aos poucos os povos indígenas foram sendo conquistados e dizimados pelos
espanhóis. Os que sobraram estão acampados nas periferias; foram chamados de
descamisados pelos peronistas; estão nos traços fisionômicos, nas estatísticas
das diferenças sociais, e perambulam, humildemente, pelas ruas das inúmeras
cidades argentinas, à espera de atitudes dos dirigentes nacionais em prol de
oportunidades de emprego e pelo fim da fome.
Alberto Fernández foi uma aposta que não está
dando certo, os argentinos cometeram os mesmos erros que ameaçam os
brasileiros, nas próximas eleições: a internacional socialista e a utopia da
igualdade, vendidas pelos adeptos da pátria vermelha, em substituição a
azul e branca deles e a verde e amarela nossa. Aqui não, vão pra Cuba, pra
Venezuela. Maduro adora vocês, vão se banhar nas águas do caribe venezuelano,
são tão transparentes, tão social/democráticas, tão progressistas!
Um amigo meu, que mora na Argentina, costuma
dizer que eles são extremamente orgulhosos, mas se aborrecem, se abatem, quando
são feitas comparações econômicas e políticas entre o Brasil e a Argentina, ou
quando se diz que, se não fosse Caxias, Solano López teria anexado o território
argentino ao paraguaio. Outra piada que eles detestam é quando ouvem que o
escritor Jorge Luiz Borges abocanhou para si quase toda a inteligência
argentina, deixando as sobras ao Júlio Cortázar, que era belga, e à meia dúzia
de compenetrados portenhos. Afora o bairrismo tradicional, são toleráveis.
Os envergonhados hermanos, em vez
de se dizerem europeus, que cantem a plenos pulmões o Va’ Pensiero,
da ópera Nabucco, composição magnífica de Giuseppe Verdi, datada de 1842,
quando a Itália estava em grande parte dominada pelos austríacos. Quem gosta de música erudita sabe, a referida ópera narra a
história do povo judeu sob o jugo de Nabucodonosor, rei da Babilônia. Os acontecimentos
históricos, no entanto, foram usados como pano de fundo para uma trama de cunho
político. Avante, chega de experimentalismos socialistas na América Latina.
Cantem, hermanos, mas cantem com alegria patriótica, numa válida
tentativa de acordar o belo e perdido país de vocês:
Oh minha Pátria, tão bela e
perdida
Oh lembrança tão cara e fatal!
(…)
https://classicosdosclassicos.mus.br/obras/verdi-va-pensiero/
Ou chorem, ouvindo Madona incorporada pelo
populismo de Evita Peron:
https://www.youtube.com/watch?v=KD_1Z8iUDho
*Professor, escritor e presidente
da Academia Rondoniense de Letras
Por que os políticos não gostam do bairro JK-I?
Cheguei à conclusão de que os políticos, sem exceção, não gostam mesmo do bairro JK-I. Prova disso pode ser observado no péssimo serviço de abasteci
Quando o assunto é segurança pública, o rondoniense não tem do que se orgulhar, exceto do esforço, da coragem e dedicação da maioria dos policiais.
União Europeia no mau caminho ao quer igualar lei e moral
Vingança não pode tornar-se em Fundamento quer da Lei quer da Ética Ursula von der Leyen quer empregar os lucros do investimento provenientes de a
As eleições de outubro e os políticos sinecuristas
Pouco menos de oito meses nos separam das eleições para a escolha do prefeito, do vice-prefeito e dos vinte e três vereadores que vão compor a Câmar