Domingo, 7 de abril de 2024 - 12h30

Longe de mim duvidar das boas intenções do
governador Marcos Rocha para tentar colocar o estado de Rondônia nos eixos, mas
todo mundo sabe que isso é muito pouco. Não sei se o chefe do executivo
estadual já reparou, mas há uma indisfarçável decepção por parte da grande
maioria da população com os serviços que lhe são prestados pelo poder público,
com relevo para os setores da saúde, educação, segurança pública e abastecimento
de água tratada, apenas para ficar nesses quatro exemplos. São frustrantes e
não satisfazem as expectativas do povo. Todo mundo sabe disso, inclusive dentro
do governo, porém ninguém tem coragem para contrariar o chefe, principalmente
auxiliares mais próximos. Assim, melhor deixar tudo como está e não correr o
risco de ser mandado para casa mais cedo. Não menos revoltante é o silêncio
sepulcral de deputados federais e estaduais, que não abrem a boca para denunciar
essa situação vexatória.
Mas nem tudo é desgraça na administração do
coronel Marcos Rocha. Se peneirar bem, existem alguns raros segmentos da
estrutura organizacional do estado relativamente bons ou sofrivelmente regular,
porém, nos campos da saúde, educação, segurança pública e abastecimento de água
potável, muita coisa vem deixando a desejar, decepcionando cada vez mais a
população. Relativamente à saúde, domingo (7), pela manhã, conversei
demoradamente com um profissional da área, mais especificamente, um enfermeiro.
Com razão, ele reclamou não somente das disparidades salariais, sem que
qualquer atenção tenha sido dispensada pelas autoridades, no sentido de
corrigi-las, como também das precárias condições de trabalho. É visível, assim,
a consideração capenga de políticos e autoridades por esse que é um setor vital
à população.
O governador e muitos daqueles que o cercam até que se têm esforçado
para tentar justificar a ineficiência dos serviços afetos a essas e outras
áreas de governo, mas não convencem, exceto áulicos palacianos. Falo e escrevo
não como adversário, mas como alguém que votou em duas ocasiões no candidato
Marcos Rocha, e que não está nenhum pouco satisfeito com o que tem visto, lido
e ouvido sobre o assunto. Talvez o momento não seja de procurar culpados, mas
eles existem, e não são poucos. Contudo, mandam os mais altos interesses
coletivos que se analisem os problemas a partir de suas causas mestras, a fim
de que novos erros não sejam cometidos. Daí por que a necessidade de o governo abandonar
as promessas inócuas e avançar na execução de propostas e projetos
consistentes. Enquanto algumas unidades da federação experimentam mudanças
importantes, especialmente na área da segurança público, como é o caso do
estado de Goiás, vamos sendo placidamente levados pelo canto da sereia de
políticos e administradores da coisa pública com seus discursos recheados de
boas intenções, que em nada ajudam a resolver os problemas crônicos contra os
quais a população de Rondônia se debate.
Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
O Brasil que se acostumou a esperar pela catástrofe
A catástrofe da violência no Rio de Janeiro produziu efeito no Congresso Nacional, como costumeiramente acontece, após a megaoperação policial que d

A “COP da verdade” e o teste de Rondônia: o que o Brasil precisa entregar além do discurso
Belém (PA) — Na abertura do encontro de líderes da Cúpula do Clima em Belém, nesta quinta (6.nov.2025), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elev

Criando uma marca com propósito: do insight à identidade
Construir uma marca do zero é muito mais do que definir uma paleta de cores ou desenhar um logotipo. É um exercício de tradução: transformar a essên

O mordomo da vez é a geração de energia distribuída
“Se me enganas uma vez, a culpa é tua. Se me enganas duas vezes, a culpa é minha”Anaxágoras (filósofo grego) Um dos clichês dos romances policiais do
Quinta-feira, 13 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)