Sexta-feira, 31 de outubro de 2025 - 07h55

De Rondônia para o
mundo. O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO),
Conselheiro Wilber Coimbra, apresentará no IV Congresso Internacional dos
Tribunais de Contas (CITC), em Florianópolis (SC), uma teoria inédita que
propõe uma revolução conceitual na gestão pública: o modelo CHAP (Conhecimento,
Habilidade, Atitude e Propósito).
O novo paradigma, de
autoria do próprio presidente, amplia a tradicional fórmula do CHA ao inserir o
propósito como elemento teleológico (orientado por um fim) e ético da ação
institucional, reposicionando o sentido de competência no serviço público.
“Essa metodologia
insere um novo paradigma à competência, com a inclusão do pilar ‘Propósito’ à
tradicional fórmula CHA e, com isso, evoluindo para o CHAP”, explica o
presidente Wilber.
Com sólida trajetória
acadêmica e profissional, Wilber Coimbra é Doutor em Ciência Jurídica,
Pós-Doutor em Direito, Mestre em Gestão e Desenvolvimento Regional,
Especialista em Direito Administrativo e Graduado em Direito. São mais de 32
anos de experiência na Administração Pública, conciliando atuação técnica,
gestão estratégica e docência. Desde 2024, preside o TCE-RO, além de ser
palestrante e ter atuado como professor universitário por 15 anos.
“A competência
finalística aplicável no Tribunal de Contas transforma a gestão de pessoas em
um projeto de sentido institucional, no qual o agente público é considerado
como sujeito histórico, evolutivo, único, integral e protagonista substancial da
mudança”, complementa.
DA TÉCNICA À
FINALIDADE
O modelo, que será
apresentado na oficina “Do CHA ao CHAP: Competência Teleológica como Paradigma
de Governança Democrática”, integra fundamentos da Filosofia, da Educação e da
Administração Pública, inspirando-se em pensadores como Aristóteles, Arendt,
Paulo Freire e Peter Drucker.
A proposta parte da
ideia de que a competência pública só se realiza plenamente quando orientada
por propósito e resultados sociais, superando a lógica puramente burocrática e
formalista.
No Tribunal de Contas
de Rondônia, o CHAP vem sendo aplicado como base teórica e prática de uma nova
cultura organizacional, que une ciência, gestão e sentido humano.
“No Tribunal de
Contas, o CHAP substitui a lógica burocrática pela lógica de resultado e
impacto; torna o controle em instrumento de educação e transformação social; e
inaugura uma cultura de liderança servidora, baseada em dados e propósito”,
ressalta Coimbra.
A essência da teoria,
segundo o autor, está em compreender que a competência pública não se resume a
saber, poder ou querer fazer, mas em entender o sentido e a finalidade daquilo
que se faz e seu potencial transformador.
Nessa perspectiva, o
CHAP reposiciona a gestão e o desenvolvimento de pessoas, promovendo o
alinhamento entre o desempenho individual e a missão institucional de
transformar a realidade social.
Com a inserção do
propósito à tradicional tríade do CHA, o modelo transcende a eficiência
individual e se projeta na efetividade social, estabelecendo um novo paradigma para
a administração pública contemporânea.
CONTROLE QUE EDUCA,
GESTÃO QUE TRANSFORMA
A teoria já inspira
práticas concretas na instituição. Programas como o PAIC (Programa de
Alfabetização na Idade Certa) e o FGE (Formação de Gestores Escolares) nasceram
de auditorias operacionais e se converteram em políticas públicas de
aprendizado e governança, evidenciando o que Wilber Coimbra denomina de
“controle que educa”: um controle que orienta, previne e transforma, em lugar
de apenas fiscalizar.
Para o presidente,
aplicar o CHAP na gestão e no desenvolvimento de pessoas significa alinhar
competência individual e propósito coletivo, técnica e transcendência,
resultado e significado.
“É formar agentes
públicos cientes e conscientes de que a sua função não é só auditar contas, mas
ampliar horizontes sociais, convertendo o controle externo em instrumento de
desenvolvimento humano e, proeminentemente, em cidadania”, destaca.
DE RONDÔNIA PARA O
MUNDO
Com a seleção da
oficina no IV CITC, Rondônia projeta-se como referência nacional na construção
de um controle público com sentido humano.
“Em tal perspectiva,
o Tribunal de Contas passa, desse modo, de instituição fiscalizadora para
instituição educadora e transformadora, coerente com o ideal de controle
externo orientado por sentido humano”, resume o presidente Wilber Coimbra.
O modelo CHAP,
nascido da experiência teórico-prática da gestão rondoniense, representa uma
das mais inovadoras contribuições brasileiras à administração pública
contemporânea. É um paradigma que transforma competência em propósito e gestão
em legado social.
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