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Prometer e não cumprir é o esporte preferido de muitos políticos


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Por mais que nos esforcemos para acreditar no que dizem alguns políticos, não adianta, com o tempo, eles próprios se encarregam de nos lembrar que fazer isso é, em parte, um gesto de boa vontade. Embora a política seja uma atividade de alta relevância social, com juras de comprometimento público durante as campanhas eleitorais, muitos representantes do povo não conseguem honrar, por negligência ou má-fé, aquilo que disseram ou prometeram. Não sem motivo já entrou para o anedotário popular que prometer, por prometer, é o esporte predileto de alguns.

Antes mesmo de começar a campanha eleitoral, vê-se, com frequência, pré-candidatos criticando o político que está no comando do país, estado ou município, ou, ainda, no Senado, na Câmara Federal ou Municipal, não importa o posto, o que vale mesmo é descer a ripa no eventual concorrente. Criticam os problemas sociais, como violência, desemprego, falta de moradia, água tratada, esgotamento sanitário, entre outros males crônicos que afligem a população, apontando, consequentemente, soluções indolores para cada um deles, porém, uma vez eleito, o cidadão entra em torpor e, como que num passe de mágica, simplesmente se esquece das promessas feitas ao povo. Pior é quando o falastrão, que jurou promover o bem geral do povo e manter a integridade, resolve percorrer os caminhos da ilicitude, desviando e escondendo dinheiro em cueca, caixas de papelão, sacos de lixo, panelas e guarda-roupas, por exemplo, entre outros esconderijos preferidos. Apesar das denúncias, algumas com base em filmagens e fotografias, muitos continuam livres, leves e soltos, circulando de um lado para o outro, tranquilamente, zombando da população, na maior cara de pau, sem nenhum constrangimento, e ainda pensam em voltar ao poder.

Em outubro próximo, haverá eleições para prefeitos e vereadores. Se a população não tomar uma postura responsável nesse aspecto, evitando eleger e reeleger mentirosos, que fazem da política um repasto à satisfação de seus interesses pessoais, familiares ou de grupos, não tenho dúvida de que vamos continuar retrocedendo. 

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