Sexta-feira, 11 de agosto de 2023 - 09h16

A proposta de reforma tributária aprovada em dois turnos no
plenário da Câmara dos Deputados mostrou à sociedade brasileira o grau de
irresponsabilidade que ainda permeia a conduta da maioria dos políticos,
seguindo, portanto, o mesmo comportamento execrável tantas vezes visto naquele
recinto em período não muito distante.
Conduta dessa natureza que, no passado, era condenada pelo
próprio partido do presidente da República, hoje é aceita com a maior
naturalidade, sem considerar contextos, apenas uma aposta em dividendos políticos.
Depois de tudo o que se viu nos governos Lula e Dilma, o que se esperava era
que o Congresso de agora não repetisse atitudes politiqueiras do passado,
principalmente quando envolvesse matérias de tamanha relevância, mas o que
aconteceu foi exatamente o contrário, quando deputados optaram pelo caminho
mais fácil.
Infelizmente, a grande maioria dos parlamentares preferiu
ignorar, solenemente, os impactos da medida no bolso do contribuinte
brasileiro, para ser simpáticos ao governo, em troca de sinecuras na Esplanada
dos Ministérios, ou em seus redutos eleitorais, reforçando, assim, os alicerces
da política miúda que ainda é praticada no Brasil, atrelando a concessão de
cargos ao resultado de uma votação que mexe com o destino de milhares de
pessoas. Quem apostou que, no governo Lula, o país abandonaria a política do “é
dando que se recebe” para tratar em outro nível dos temas que precisam ser colocados
além do jogo politico e do embate entre situação e oposição, caiu do cavalo.
Desgraçadamente, o que se viu no plenário da Câmara dos Deputados, comandado
pelo presidente da Casa, Artur Lira, vai se repetir no Senado, presidido por
Rodrigo Pacheco, ou seja, prevalecerá a politica do “é dando que se recebe”,
com as devidas exceções.
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