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Por que só o Collor?


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

Desde sexta-feira (25/04), o ex-presidente Fernando Collor de Mello está preso na sede da Policia Federal de Alagoas, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusado de participar de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, foco de um dos maiores escândalos de corrupção do mundo.

Na ocasião, Collor era senador pelo estado de Alagoas. A BR Distribuidora era controlada por partidos aliados, entre os quais o PTB de Collor, em troca de apoio às pautas do governo Lula no Congresso. O escândalo foi descoberto pela operação Lava Jato. Na época, muita gente graúda acabou atrás das grades. Como Collor tinha foro privilegiado, a força tarefa da Lava Jato enviou a papelada ao STF para cuidar do caso.

Collor não foi o único peixe grande fisgado pela malha fina da Lava Jato no butim da Petrobras, mas, pelo visto, estaria sendo usado como boi de piranha. Muitos estão livres, leves e soltos, circulando pelos quatro cantos do país e do mundo. Houve quem ganhasse a liberdade e retornasse à vida pública. Outros estariam de olho nas próximas eleições. E há, ainda, quem está nas mídias sociais, posando de influenciador digital.   

Não se trata, aqui, de defender Collor ou quem quer que seja. Se ele errou, pois, então, que pague pelos seus eventuais desvios de conduta, porém, como ensina o dito popular, “pau que bate em Chico, bate em Francisco”, a menos que a operação Lava Jato só serviu para Collor. E os outros acusados? Essa é a pergunta que está na boca de políticos, analistas políticos, jornalistas, autoridades, enfim, de quase todo mundo.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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