Segunda-feira, 27 de outubro de 2014 - 10h06
.jpg)
Professor Nazareno*
Eu disse o tempo inteiro que ia anular o meu voto no segundo turno das eleições, pois não tinha opção coerente. E de fato não tinha mesmo. Era votar no diabo ou na mãe dele. Como eu, também muita gente estava contra a parede, entre a cruz e a espada. “Se correr o bicho pega, se ficar o bicho come” era o ditado popular que me espinhava a consciência a todo instante. Indeciso, fui à urna e lá, como um cidadão imbecilizado, votei no PT e na Dilma. Quando digitei o número 13, senti vontade de vomitar. E quando apareceu o rosto da Dilma, comecei a engulhar e votei, depois me afastei daquele sinistro lugar com a sensação de ter feito a pior coisa de toda a minha vida. Em casa, diante do espelho, me xinguei feito um louco: “-Seu filho da puta, como pode ter feito isto”? Depois, me dei um soco no estômago e gritei: “-verme maldito, canalha”!
Votar no PT é aceitar indiretamente o que estão fazendo com a Petrobras. É sacanear com o trabalho fenomenal de um Joaquim Barbosa no STF, é aceitar como algo perfeitamente normal o Mensalão. É dar um cheque em branco para os corruptos e ladrões. É achar cívico trocar votos por programas sociais como os “petralhas” estão fazendo, é enfim, fazer vistas grossas à amizade entre os petistas e Collor, Sarney, Maluf, Renan Calheiros e tantos outros. Em Porto Velho foi o PT e sua camarilha, por exemplo, que acabaram de destruir o pouco que restava da cidade. E eu não concordo jamais com nada disto, mas que opção me deram os eleitores no primeiro turno? Na hora de sufragar o voto, imaginei que votando no Aécio Neves eu não só estaria sendo injusto comigo mesmo, mas também estava punindo, de novo, uma nação inteira.
O Aécio Neves pode até ter tido boas intenções, mas foi o seu PSDB, durante os oito anos do Governo de Fernando Henrique, que perseguiu funcionários públicos com demissões em massa e promoveu o maior festival de transferência dos bens públicos para a iniciativa privada, a conhecida “Privataria Tucana”. Neste período, ensandecidos pelo Neoliberalismo, os caciques deste partido fecharam inúmeros bancos estatais, demitiram funcionários, extinguiram instituições públicas, entregaram a Vale do Rio Doce à iniciativa privada, privatizaram portos, aeroportos e grandes rodovias. Quase todo o patrimônio do povo brasileiro foi “doado” a amigos e colaboradores do então Governo. Que lucros estas privatizações trouxeram para o nosso sofrido povo? Quem ganhou com isso? Fala-se abertamente em prejuízos de mais de cem bilhões de dólares.
Além do mais, vi o PSDB muito “à direita”. Seu conservadorismo torpe e ultrapassado contrasta totalmente com o PT, que apesar dos inúmeros defeitos, sempre esteve mais próximo do povão e governou mais “à esquerda”. A conservadora revista Veja, por exemplo, foi a maior vergonha destas eleições: perseguiu seus oponentes e tentou a todo custo interferir na vontade soberana do povo. Hoje a existência dessa revista só se justifica para que o Brasil saiba como pensam os fascistas. A Rede Globo, como sempre, também não poupou ataques traiçoeiros. Foi ridículo o papel que a mídia, controlada pela elite, exerceu nestas eleições. Por tudo isso, fiquei muito alegre com a derrota dos tucanos, mas triste com a vitória da Dilma. Mesmo tendo recebido “apenas” 54 milhões de votos, ela governará 204 milhões de brasileiros e é, mais uma vez, a nossa Presidente. Roguemos ao diabo para que ela faça um bom governo para todos.
*É Professor em Porto Velho.
Quarta-feira, 26 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
A rachadinha é uma das modalidades de corrupção mais presentes no submundo da política brasileira. Aqui e acolá estoura uma denúncia envolvendo o de

A Volta das Maritacas políticas do Centro-Oeste: um Alerta para a Política do Distrito Federal
A esperteza dos falsos políticos do Distrito Federal é notória e preocupante. Essas maritacas parecem ter esquecido, ou preferem esquecer, das dezen

De todos os pecados mortais que, ao longo dos séculos vêm degradando a humanidade, existe um que, depois daquele beijo infame de Judas Iscariotes no

Covardia foi ter dito que não era coveiro quando inocentes estavam morrendo de Covid. Covardia foi dizer “e daí?” quando as pessoas estavam morrendo
Quarta-feira, 26 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)