Sexta-feira, 21 de janeiro de 2022 - 10h59

No dia 20 de janeiro de 2003, portanto, há 19 anos, uma emissora
de televisão local mostrou um homem, deitado em uma maca, num dos corredores do
hospital João Paulo II, agonizando com um estilhaço de bala no rosto, enquanto
alguém decidia se o seu problema era ou não de urgência. Resultado: o cidadão
morreu horas depois. Teria sido vítima de parada cardíaca. Naquela ocasião, o secretário
de saúde prometeu abrir uma sindicância para apurar o caso. Se o fez, até hoje
não se sabe de quem foi a culpa.
A imagem chocou não apenas a quem a assistiu. Logo a notícia se
espalhou como rastilho, levando de roldão o sentimento de indignação de
segmentos da sociedade, especialmente daqueles que dependem dos serviços
prestados pela rede pública de saúde. Cenas como as que foram protagonizadas pelo
vigilante que arquejou até a morte numa padiola do João Paulo II não é novidade
no dia a dia daquela unidade de saúde. Frequentemente, pessoas morrem à mingua
por falta de atendimento médico-hospitalar.
Quando um acontecimento trágico acontece, logo autoridades se
esforçam para esclarecer o episódio, desenhando um quadro tão ao gosto delas
mesmas, como se o ser humano tivesse propensão natural para a desdita. Em vão.
Azar do coitado do vigilante, que morreu, supostamente, por falta de
atendimento, de parada cardíaca. Os profissionais, coitados, fazem de tudo para
ajudar, mas eles não sabem fazer milagres.
Dizer-se que alguém desconhece a realidade do João Paulo II
seria mais que supina imbecilidade. Mesmo a pessoa mais desinformada já terá
ido aquela unidade de saúde em busca de remediar seus próprios males, de
mitigar a sua dor, ou de alguém que lhe é próximo. Só isso seria suficiente
para colocar esse desatento cidadão em contato com um dos aspectos mais
vergonhosos de uma sociedade que se diz cristã e verbera contra os que se
mostram insatisfeitos.
Alguma coisa está errada com o hospital João Paulo II e não é de
hoje. E quem garante isso não é um desses políticos profissionais, catadores de
votos em período eleitoral, mas especialistas no assunto, profissionais sérios
e respeitados, que há muito tempo vêm denunciando as mazelas do setor. Medidas emergênciais,
reuniões, encontros sucessivos, nada disso logrou os resultados desejados. Nada
mudou. O João Paulo é, hoje, o mesmo de dezenove anos atrás. E, o pior, é que
ninguém consegue resolver os problemas que envolvem aquela importante unidade
de saúde.
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