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No Brasil, ganhar bem é uma maldição


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

A pessoa leva seis anos para concluir uma faculdade de medicina. Um livro de medicina custa entre R$ 150 e R$ 950. Depois, é hora de encarar um processo seletivo, conseguir a aprovação, para, só então, meter a cara numa especialização, que, dependendo na área pode demorar de dois a cinco anos. Na sequência, é preparar o espírito para enfrentar uma jornada de trabalho que incluem plantões à noite, nos fins de semana e feriados, para ganhar entre R$ 15 mil e R$ 30 mil, por mês, dependendo da especialização e da região do país.

O médico também precisa estar disponível para atender os casos de emergências que apareçam. No final do ano, somando salário, plantões e atendimentos em clínicas, hospitais e unidades de saúde, digamos que ele acumule entre R$ 500 mil e R$ 600 mil.

E por que o enunciado acima? Explico. O governo Lula apresentou um projeto de lei ampliando a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais. Em uma de suas falas, o presidente disse que a medida não vai aumentar a carga tributária, pois quem vai pagar a conta são os ricos, ou seja, os contribuintes que recebem acima desses valores.

Esse é o país do atraso, onde o patrimônio acumulado com muito trabalho, esforço, dedicação e dignidade é considerado uma maldição, quando, na verdade, deveria ser estimulado, aplaudido e usado como exemplo. Em vez disso, é mais fácil manter vivo o populismo e punir quem salva vidas, distribui conhecimento e produz riqueza para a Nação.

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