Quinta-feira, 14 de agosto de 2025 - 08h10
Desde 2015, quando a Câmara Municipal de Porto Velho era
presidida pelo vereador Jurandir Bengala, o Ministério Público de Rondônia
(MPRO) vem tentando convencer o legislativo municipal a substituir parte dos
ocupantes de cargos comissionados por servidores de carreira, mas não tem sido
tarefa fácil. Foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre ambos
para essa finalidade, mas a iniciativa não produziu os resultados desejados. Em
vez disso, a situação só piorou. Naquela época, a Câmara Municipal tinha 450
comissionados e 150 servidores efetivos. Hoje, são quase 900 comissionados
contra 60 estatutários, segundo disse um funcionário da Casa, que pediu para
não ser identificado.
Em junho deste ano, o Ministério Público de Rondônia voltou
ao assunto. Dessa vez, além de mirar possíveis servidores fantasmas, o MPRO
pediu explicações à Câmara Municipal sobre prática de “rachadinha”. O pedido
foi feito pela 7ª Promotoria de Justiça, por meio do oficio nº. 000056/2025,
assinado pelo promotor Geraldo Guimarães. No documento, o promotor explica que,
“segundo consta, alguns setores da Câmara existem apenas formalmente, sem
estrutura física ou atividade efetiva, servindo apenas para abrigar servidores
fantasmas, os quais há vários meses não comparecem ao local de trabalho, apesar
de receberem regularmente seus salários”.
O promotor solicitou à Câmara Municipal que informasse se há
espaço físico disponível na estrutura da instituição para a Escola do
Legislativo, por exemplo. Além disso, ele requereu as fichas funcional e
financeira e registro de ponto dos últimos doze meses dos servidores citados na
denúncia. No ofício, ele pergunta se houve pagamentos de verbas indenizatórias
relativas a desvio de função. Em caso afirmativo, pede informações referentes a
valores e fundamentos dos pagamentos, e encerra orientando a Câmara a apurar os
fatos e, posteriormente, encaminhar relatório conclusivo à promotoria.
Enquanto a Câmara Municipal segue firme inchando a folhas de
pagamento com a contratação de cargos comissionados, servidores que se
aposentaram há cinco anos até hoje não receberam seus direitos. Alguns,
inclusive, morreram sem conseguir ver a cor do dinheiro. Isso sem falar da
abertura de concurso público que nunca chega.
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