Segunda-feira, 27 de dezembro de 2021 - 14h53

Certa vez, o então presidente
eleito Luiz Inácio Lula da Silva disse que não voltaria ao Congresso Nacional
porque ali havia mais de trezentos picaretas que só cuidavam dos próprios
interesses. Considerando que o Congresso Nacional tem 594 parlamentares, sendo
513 deputados e 81 senadores, sobraram poucos honestos na visão do petista. Na ocasião, bajuladores de Lula tentaram
suavizar o impacto do discurso, debitando-o na conta exclusiva do desabafo
cívico, plenamente justificado pelas circunstâncias.
Não demorou para que a sociedade
brasileira descobrisse quem eram os picaretas do discurso lulista. Foram os
mesmos com os quais ele se uniu para montar o maior esquema de corrupção de que
se tem conhecimento na história mundial, apesar de os adeptos do “rouba, mas
faz” tentarem justificar o assalto aos cofres públicos como um grão de areia no
oceano perto das “grandes realizações” deixadas pelos governos do PT. Agora, com os olhos nas eleições de 2022 para
a presidência da República, Lula vem dialogando com conhecidas e felpudas raposas
da política nacional, como é o caso do senador Renan Calheiro, velho aliado do
petismo, que sempre deu um jeito de corpo para continuar mamando nas flácidas
tetas do erário.
Boas e más pessoas existem em
todos os segmentos da sociedade. E no Congresso Nacional não poderia ser
diferente. Não é justo, porém, ferretear todos os seus membros com o desdouro
da picaretagem, pois sabemos que ainda existe um bom número de políticos que
cumprem com integridade as suas atribuições, apesar de não ser esse o
sentimento corrente entre a maioria da população, que prefere colocar todo
mundo na vala comum. Qualquer pesquisa de opinião confirma isso.
E os maus exemplos, para
desencanto da sociedade, continuam se multiplicando. Uma simples clicada nos
portais de transparência de algumas instituições políticas é suficiente para
verificar como muitos dirigentes aproveitam a euforia da população com as
festas natalinas para agradar seus pupilos com o pagamento de benesses, indiferentes
ao princípio da transparência no trato da coisa pública, como manda a
Constituição Federal. Lula acertou no discurso, mas errou feio ao aliar-se aos
mesmos picaretas que ele tanto condenou.
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