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“Lei da mamata”


Valdemir Caldas - Gente de Opinião
Valdemir Caldas

“Ou o Brasil acaba com a saúva, ou a saúva acaba com o Brasil”. A frase, atribuída a um pesquisador francês, teria sido dita há 224 anos, durante sua visita ao Brasil. Apesar de desempenhar papel importante na reciclagem de nutrientes e na fertilização do solo, segundo estudiosos do assunto, a saúva é uma praga que possui alto poder de destruição.

A operação Lava-Jato descobriu e destruiu um sauveiro de proporções gigantescas que vinha devastando as bases da maior empresa do ramo petrolífero do país e uma das maiores do mundo: a Petrobrás. Esperava-se que, a partir da aplicação de fungicidas e formicidas legais, houvesse uma redução da praga, mas o que se tem acompanhado no noticiário é exatamente o contrário, evidenciando que, no Brasil, ainda não há substância ativa capaz de inibir a ação das cortadeiras, que continuam desafiando todos os esforços planejados para minimizar os danos causados ao patrimônio público.

O então presidente Jair Bolsonaro teve um trabalho danado para afastar dos cofres públicos as saúvas que se acostumaram a mamar nas flácidas tetas do erário em governos anteriores por meio de uma tal Lei Rouanet, apelidada por alguns de “Lei da Mamata”, dada a facilidade com que espertalhões pegavam o suado dinheiro do contribuinte para fomentar projetos culturais, mas, na verdade, usavam os milhões para finalidades outras que em nada dizem respeito à cultura, como a aquisição de bens e ostentação. São pessoas movidas exclusivamente pela ambição do dinheiro. Não conseguem se comportar socialmente como um ser espiritual.

No Brasil, o enriquecimento ilícito ainda é aceito por parcela expressiva da sociedade com naturalidade. Tem gente que acha que Lula é o melhor presidente que este país já teve, independentemente da Operação Lava-Jato. Não por acaso pessoas obscuras, sem qualificação profissional ou talento que lhes assegure a constituição de patrimônio econômico apreciação, acabam ingressando na política e nos diferentes setores de governo com a única intenção de construir fortuna e turbinar suas já polpudas contas bancárias. E quando aparece alguém disposto a colocar as coisas nos eixos, logo é chamado de retrogrado, ditador ou outras bobagens do gênero.

Como o Brasil já se mostrou incapaz de acabar com as saúvas que prosperam nos mais diversos escalões da República, pelo menos já deveria ter encontrado uma substância para controlar essa praga, antes que elas, as saúvas requintadas, acabem com o país.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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