Quinta-feira, 29 de julho de 2021 - 14h02
Governo do estado e Tribunal de Contas de Rondônia entraram
em rota de colisão. O impacto jogou estilhaços em todas as direções. O pivô da trombada
é a licitação para a construção do Hospital de Urgência e Emergência (HEURO), a
menina dos olhos do governador Marcos Rocha, cujo leilão foi festejado com
sorrisos, abraços e tapinhas nas costas. O TCE-RO vê aquilo que o governo não
viu, ou seja, indícios de irregularidades. Já o governo vê aquilo que o TCE-RO
discorda, ou seja, imparcialidade na análise do processo. A troca de farpas
ocupou os principais espaços da mídia.
Seria o HEURO mais um fiasco da administração Rocha? Espero
que não. Basta a compra de um milhão de vacinas contra a covid-19 que, até
hoje, não chegaram. Sinceramente, não vi nem ouvi o presidente do TCE-RO acusar
ninguém de corrupção. Então por que tanto melindre? Ele apenas disse que há vícios
sanáveis no processo licitatório que o impendem de seguir seu curso natural.
Então é só o governo corrigir o que precisa ser corrigido, e não se fala mais
sobre o assunto.
Como órgão responsável pelo controle externo fiscalizador dos
gastos públicos, o TCE-RO é de suma importância para as administrações estadual
e municipais, pois demonstra a lisura das contas públicas e orienta o emprego
do erário. Ele só está cumprindo o papel para o qual foi criado. Uma das coisas
mais belas do ser humano é a humildade para reconhecer o erro e procurar
corrigi-lo. Esse clima de beligerância em nada contribui para resolver o
problema. Pelo contrário, só vai atrasar ainda mais a execução de uma obra
essencial para a população de Rondônia, tão absurdamente carente desse e de
outros serviços, aos quais cabe ao estado, por imperativo constitucional, colocar
à sua disposição.
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