Terça-feira, 16 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Opinião

Fernando Brito aponta como Temer e Meirelles quebraram o Brasil


Gente de Opinião

Por Fernando Brito, editor do Tijolaço

Três reuniões seguidas com o presidente e a alta cúpula política e econômica do Governo, a última (última?) entrando pela noite de sábado mostram que a refixação da meta fiscal, aumentando o rombo previsto para as finanças do Governo, virou um imenso convescote de  de “contas de chegar”, onde o rigor técnico é o que menos importa.

Primeiro, porque não se sabe exatamente de quanto será a despesa, porque já se concluiu que será necessário afrouxar o contingenciamento de gastos feito em março e reforçado mês passado. A máquina pública não tem condições de passar de setembro em funcionamento sem isso. O governo pode mandar funcionar, mas os gestores intermediários, sem dotação disponível param ou apenas fingirão que funcionam.

Segundo, porque a arrecadação sobre a qual se tem certeza – ou relativa certeza – é aquela que vem registrando um comportamento anêmico, justamente num período em que os planos orçamentários previam sua recuperação.

Terceiro, porque as receitas extraordinárias, que deveriam repetir este ano o resultado “salva-lavoura” da repatriação de capitais do ano passado – que injetou R$ 36 bilhões nos cofres federais (além de R$ 11 bilhões nos estaduais e municipais) nem mesmo chegariam a este valor se dessem totalmente certo de agora em diante  e os sinais são de que não vai dar: o Refis não passa como o governo projetou, o leilão das hidrelétricas pode ficar preso em questões judiciais e os leilões de petróleo são de pequena monta.

O que a “área política” do governo está dizendo ao Governo é que aumentar a meta em R$ 20 bilhões – para deixá-la no mesmo nível do ano passado é uma jogada arriscada, porque pode obrigar a um novo pedido de ampliação do rombo ainda esta ano. em novembro ou dezembro, o que deixaria Temer completamente refém das pressões do parlamento para o Orçamento de 2018.

O que a Fazenda diz ao Governo é que um ampliação maior que a dos R$ 20 bilhões já “engolida” pelo mercado pode gerar uma turbulência se tiver que representar um segundo passo atrás seguido do  ex-“dream team” da economia e que isso terá o custo maior que deixar paralisar a máquina pública.

Então, o exercício a que se dedicam agora tentar achar espaço para remanejar o que resta do orçamento, tirando de um e dando para outros, de tal maneira que ainda sobre algum para Temer negociar com os deputados no caso de vir uma  segunda denúncia sólida de Rodrigo Janot.

É assim, com este “rigor técnico” que as finanças públicas estão sendo tratadas neste momento exato, nos salões do Palácio do Planalto.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 16 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

A questão da ética na politica

A questão da ética na politica

Tenho sustentado neste espaço, até com certa insistência, a importância da ética na política, principalmente quando começam a surgir nomes nos mais

O exemplo do rei Canuto dos Vândalos  O exemplo do rei Canuto dos Vândalos

O exemplo do rei Canuto dos Vândalos O exemplo do rei Canuto dos Vândalos

Houve uma época em que ao roubo e ao furto se aplicava a pena de morte. Eram tempos de barbárie, onde a punição, por mais desproporcional e cruel, n

Mutirão de Saúde: a melhor solução

Mutirão de Saúde: a melhor solução

De todas as tentativas feitas por este e outros governos locais para resolver o grave problema de desassistência à saúde em Rondônia, os mutirões re

A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

A situação desumana e vergonhosa da saúde pública em Rondônia

É desumana e vergonhosa a situação por que passa o sistema público de saúde em Rondônia. A cada ano, em vez de melhorar, a situação fica pior.  Rece

Gente de Opinião Terça-feira, 16 de setembro de 2025 | Porto Velho (RO)