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Eleições 2012: além do Twitter


Walter Penninck Caetano*

Em breve, os políticos começam oficialmente uma nova disputa eleitoral. As campanhas ocorrerão na esfera municipal com os candidatos tentando se eleger, ou se reeleger, aos cargos de vereador ou prefeito nas cidades do País. Durante a propaganda eleitoral gratuita, com começo de exibição previsto para o início do mês de julho, os eleitores terão a oportunidade de conhecer as propostas dos candidatos e, a partir daí, fazer suas escolhas, decidir em quem vão votar. Mas, antes disso, a população já deve ficar de olho bem aberto para ver qual político está agindo dentro da lei. Saber quem está infringindo o que determina o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), órgão público responsável pela legislação eleitoral em nosso País.

Muito já se fala, por exemplo, sobre o que os políticos podem ou não podem fazer, ou a partir de quando, nas chamadas redes sociais, como o Twitter e o Facebook – que, para alguns especialistas no assunto, podem se transformar em poderosas ferramentas de marketing durante a campanha, influenciando positivamente para a eleição de alguns candidatos, se bem aplicadas. É indispensável se adequar aos novos tempos e a discussão em torno deste assunto é fundamental. Havendo, inclusive, a necessidade de se estabelecer critérios para o uso das redes sociais durante a campanha política, assegurando igualdade entre os candidatos e, assim, garantindo total lisura ao processo eleitoral.

No entanto, não devemos negligenciar outros cuidados que devem ser tomados nesse período e que merecem igual atenção. Porém, para que isso aconteça, é muito importante que a população tenha conhecimento e consciência do seu papel fiscalizador, que esteja bem informada sobre as regras aplicadas à disputa eleitoral. Para políticos em último ano de mandato, por exemplo, a partir do dia 7 de julho de 2012 fica proibida a veiculação de propaganda institucional de atos, programas, serviços, campanhas ou obras realizadas pelo Município, salvo em caso de grave e urgente necessidade pública. Mas, se os eleitores desconhecem essa e outras proibições, como poderão identificar os candidatos que estão desrespeitando a lei?

Tão importante quanto mostrar ao povo brasileiro a importância do voto nas eleições é ensiná-lo a escolher o seu candidato, a votar da maneira mais consciente possível. Da mesma forma que há campanhas sobre a importância de comparecer à urna, deveriam haver campanhas que orientassem os eleitores a identificar os políticos que não agem de acordo com as regras, que estão em dívida com a Justiça. Para que estes, se permanecerem na disputa, sejam então punidos pelo eleitor, que não votará neles. Após anos de ditadura, o direito ao voto foi uma conquista que não deve ser desperdiçada. Por isso, devemos exercê-lo com muita responsabilidade. Só assim estaremos contribuindo para um Brasil muito melhor, verdadeiramente democrático e mais justo.

*Walter Penninck Caetano é diretor da Conam – Consultoria em Administração Municipal / Ex-Libris Comunicação Integrada / Marco Berringer // Ana Carolina Esmeraldo

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