Quinta-feira, 1 de setembro de 2011 - 12h24
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Claudir Mata
O ano de 2011 já caminha para o seu final. E se fizermos uma avaliação no ensino público estadual, chegaremos à conclusão que pouco, ou quase nada, mudou. O que enxergamos hoje é a dedicação e o esforço de abnegados profissionais (professores e técnicos) que honram a profissão e acreditam que a educação é o principal instrumento de transformação da sociedade.
Sabemos que o atual governo do Estado pegou a Seduc sucateada, com falta de tudo. Falta principalmente um projeto de educação para o Estado de Rondônia. Um projeto que atenda às peculiaridades locais e estruturais de um Estado de migrantes e com uma pujante economia em ascensão devido ao momento de desenvolvimento com todos investimentos do governo federal através do PAC.
Entretanto, o fato de ter herdado décadas de abandono e, especialmente, oito anos de desmonte da educação, não tira dos atuais gestores a responsabilidade de oferecer à população um dos serviços públicos considerados essenciais com qualidade.
Afinal, já estamos em plena metade do segundo semestre e não conseguimos enxergar na Seduc um projeto de gestão democrática que contemple valorização, gestão, financiamento e formação continuada. O governo não conseguiu, até agora, colocar a SEDUC no rumo certo.
O diálogo entre o governo e os legítimos representantes dos trabalhadores em educação está aberto. Porém, falta, do lado do governo, alguém que realmente entenda de educação pública e de gestão.
Neste momento está em andamento a construção de um novo Plano de Carreira, Cargos e Remuneração. Também estamos construindo o projeto de gestão democrática para as escolas estaduais.
Mas, às vezes, nos dá a impressão de que as coisas não andam. Precisamos mais do que isso. Precisamos de concurso público. Precisamos de formação continuada, em parceria com INFRO/UNIR a custo real.
O tempo está passando e na educação tudo é muito dinâmico. O ano letivo não espera. Aliás, é por isso que a sociedade anseia do seu líder maior firmeza em suas ações.
Com a transposição mais de 40% dos profissionais da educação vão se aposentar. Cabe um questionamento: como vai ficar o ano letivo de 2012? A Seduc já tem um plano para amenizar esse impacto?
O fato é que os legítimos representantes dos trabalhadores em educação não agüentam mais fazer uma reunião para marcar outra reunião.
A categoria precisa de ação, de respostas, de projetos para resolver os problemas da educação. E os problemas são muitos: falta de professores, de técnicos administrativos educacionais, de estrutura, de planejamento e de valorização.
A educação é direito do cidadão e dever do estado. Mais do que um clichê, essa frase é a essência de uma garantia constitucional. Infelizmente é muito divulgada apenas como parte do discurso por quem quer se fazer parecer apoiador da educação.
Já na prática a coisa é bem diferente. A sociedade não agüenta mais tanto amadorismo na educação. Afinal, educação é um processo e precisa de continuidade, precisa ser prioridade de fato. Não é o que estamos vendo.
A sociedade e os trabalhadores em educação já perderam muito tempo com a falta de ação governamental. Mas ainda é tempo de corrigir e agir.
Segundo Paulo Freire, “não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão”.
Claudir Mata é professora, atual presidente do Sintero – Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia e Secretária Executiva da CNTE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação.
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